Comentador político, autor e um potencial candidato às próximas eleições autárquicas francesas. O filho mais novo do antigo presidente francês, Nicolas Sarkozy, está a fazer contactos e a lançar-se em eventos.
Vem aí o Sarkozy júnior. O anúncio é da imprensa francesa e do site Politico, que garantem que Louis Sarkozy, de 27 anos, voltou a França para se lançar na política.
O comentador televisivo passou 15 anos nos Estados Unidos com a mãe, Cécilia Attias, depois de os pais se divorciarem. Em abril, arrancaram os seus comentários sobre política norte-americana no canal LCI - que pertence à empresa TF1, cujo principal acionista é o padrinho Martin Bouyges.
Segundo o Politico, nos bastidores, o jovem tem vindo a criar laços com figuras proeminentes da direita francesa. Encontrou-se com a ministra da Cultura Rachida Dati, com o ex-primeiro-ministro francês Michel Barnier, e com Bruno Le Maire, antigo ministro da Economia e das Finanças francês. O seu último encontro, relata a imprensa francesa, foi com Bruno Retailleau, o ministro do Interior cessante. Retailleau e Sarkozy passearam pelo ministério e pelo apartamento privado onde Louis viveu quando era pequeno e o pai detinha a pasta do Interior.
Sendo o filho de um antigo presidente, Louis Sarkozy tem recebido algum escrutínio, nomeadamente acusações de nepotismo e favoritismo. Em entrevista ao jornal francês Le Figaro, afirmou que não teria conseguido chegar onde está atualmente sem o seu apelido, mas que não tenciona falar mais no assunto. "É preciso assumir este nome, usar as suas vantagens, minimizar as desvantagens e, se formos bons, funcionará". O jovem acredita ainda que o mundo irá sempre criticá-lo independentemente da área profissional escolhida: "Seja o que for que eu faça, serei julgado. Se abrisse uma loja de batatas fritas na Place de Clichy receberia as mesmas críticas. Escolhi nascer um Sarkozy? O que querem que eu faça? Tive a sorte de viver em circunstâncias privilegiadas e estou ciente disso".
O pequeno Sarkozy acompanhou o pai durante a sua campanha para as eleições presidenciais de 2007 e foi fotografado constantemente na escadaria do Palácio do Eliseu.
Nos seus comentários sobre política norte-americana, elogiou Trump e criticou o Partido Democrata. Na manhã seguinte às eleições, disse: "Imaginem a derrota simbólica da esquerda americana! Há oito anos que explicamos ao povo americano que Donald Trump é racista, pomos uma mulher negra à frente dele e ela obtém menos 20% do voto negro do que o habitual. Explicamos que ele é um xenófobo que odeia os latinos, e ele ganha 45% do voto latino. Isto não é uma derrota para o Partido Democrata, é uma humilhação!".
Para o jornal belga-francófono 21 News, o jovem escreveu ainda um ensaio sobre o resultado das eleições norte-americanas. Nele, enaltece a forma como Donald Trump conseguiu apelar a um eleitorado masculino jovem, que ele acha ser o eleitorado mais importante. "O nosso futuro depende dos jovens rapazes. As nossas estradas, a nossa segurança, as nossas liberdades e as nossas civilizações são construídas sobre os seus ombros. Ignorar esta verdade é serrar o ramo da nossa própria grandeza".
Louis Sarkozy espera também que a Europa e a França de direita adotem o método de campanha dos políticos norte-americanos, nomeadamente a forma como o presidente-eleito conseguiu comunicar com certos grupos e a retórica utilizada. "O triunfo de Trump prova uma verdade fundamental: tornem os vossos cidadãos - todos os vossos cidadãos - mais seguros, mais ricos e mais orgulhosos, e eles perdoar-vos-ão quase tudo".
Quem sai aos seus, não degenera. No sábado, dia 14 de dezembro, Louis Sarkozy marcou presença na festa de Natal organizada pelos Jovens Republicanos, a ala juvenil do partido político do seu pai, Les Républicains. Pouco mais de uma centena de afiliados reuniram-se num bar em Paris para assistir ao discurso de Louis Sarkozy.
Ao longo dos últimos meses a entrada do Sarkozy mais novo no mundo da política tem sido especulada por muitos. Era esperado que durante o evento anunciasse uma afiliação ao partido ou o seu plano para concorrer às próximas eleições autárquicas, algo que foi muito falado nos media franceses. No entanto, Louis Sarkozy decidiu não dar importância ao burburinho que o rodeia. "Para dizer a verdade, aprendo coisas sobre mim mesmo cada vez que leio as notícias", e diz estar a focar-se no seu próximo livro sobre Napoleão, previsto para abril de 2025.
Apesar de não confirmar nem negar a sua participação nas próximas eleições, quer para o Les Républicains, quer como independente, Louis Sarkozy já foi convidado para os próximos eventos organizados pelos Jovens Republicanos, um em Nice e outro em Marselha no início de 2025. Será que aí vai revelar detalhes sobre as suas ambições profissionais?
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
O medo, a extrema-direita e as alterações climáticas marcam a entrevista a José Gil, um documento único nesta edição da SÁBADO.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.
