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O ocaso de Macron na hora de Le Pen

Vasco Rato
Vasco Rato 03 de julho de 2024 às 23:00

Oito anos depois de criar o En Marche, o Presidente, preso num labirinto construído por ele, dissolve a Assembleia Nacional e mergulha França nas eleições mais polarizadas das últimas décadas.

Quando, em abril de 2016, lança o movimento La République en Marche, Emmanuel Macron apresenta-se como um reformista resolvido a quebrar os dogmas ideológicos que há muito impediam a modernização do tecido económico e social francês, condição indispensável para que o país retomasse a prosperidade. Político de tipo novo, prometia, também, uma França revitalizada capaz de voltar a desempenhar um papel de relevo na cena mundial. Passados oito anos, Macron, preso num labirinto construído por ele, dissolve a Assembleia Nacional e mergulha França nas eleições mais polarizadas das últimas décadas. De um lado da barricada, enfrenta a coligação Nova Frente Popular que congrega comunistas, verdes, o Partido Socialista e a extrema-esquerda de Jean-Luc Mélenchon. Do outro, a União Nacional de Marine Le Pen chega ao fim de uma longa e bem-sucedida caminhada rumo ao poder. Eis a tenaz que fez ruir o sonho de Macron de criar um partido centrista – nem de esquerda nem de direita – que hegemonizasse a vida política francesa.

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