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La Rotonde. O restaurante preferido de Macron que foi incendiado pelos manifestantes

Estabelecimento encontra-se em Montparnasse e os preços estão longe de ser económicos - apesar de não serem inacessíveis.

O La Rotonde, um dos restaurantes preferidos do presidente francês Emmanuel Macron, foi vandalizado durante os protestos que decorrem em Paris. O toldo vermelho do estabelecimento acabou por arder enquanto os manifestantes atiravam garrafas sob a polícia.

A relação entre Macron e o La Rotonde ficou conhecida em 2017, altura em que o restaurante ofereceu um jantar comemorativo ao político depois de este ter vencido a primeira ronda eleitoral.

O estabelecimento encontra-se em Montparnasse, um bairro parisiense conhecido pelas lojas de bairro, cafés históricos, pelo cemitério onde está sepultado Jean-Paul Sartre e pela torre que permite uma vista de 360º sob Paris.

Quanto aos pratos, o preçoestá longe de ser económico, mas também não é dos locais mais caros de França. A título de exemplo, a entrada mais barata – ovos com maionese - fica por 7,5€ e as mais caras - salmão fumado nórdico efoie grasde pato – por 25€. Um prato de marisco para uma pessoa com ameijoas, camarões, mexilhões e búzio tem um valor de 38 euros, enquanto os pratos de carne e peixe vão dos 30€ aos 50€.

Quanto aos protestos, esses não são recentes – começaram em janeiro, tendo esta quinta-feira sido realizada a 11º manifestação nacional - e têm gerado o caos na capital francesa. No mês passadoas ruas ficaram cheias de lixo depois de uma greve levadas a cabo pelos profissionais de limpeza, os transporteis públicos também já estiveram cortados e enquanto esta semana uma agência do Crédit Agricole foi saqueada. Tudo por causa do governo ter aprovado a revisão do sistema de pensões, adiando a idade mínima de reforma de 62 para 64 anos, sem passar pelo Parlamento.

Mas o facto de os confrontos durarem já três meses faz com que as autoridades tenham esperança que estejam a perder a força. Tudo poderá ficar decidido a 14 de abril, data em que o Conselho Constitucional volta a reunir para dar a conhecer a posição sobre a lei das pensões.

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