O plano inclui a "unidade sólida de Gaza, da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental", o reconhecimento de um Estado palestiniano independente e soberano com base nas fronteiras delineadas em 4 de junho de 1967, e estipula "medidas práticas" a serem executadas "de acordo com prazos específicos e com garantias reais".
O chefe da diplomacia jordana, Ayman Safadi, anunciou hoje que está a coordenar com várias capitais árabes um plano, baseado na solução de dois Estados, para acabar com a guerra na Faixa de Gaza e resolver o conflito israelo-palestiniano.
Israel Defense Forces/Handout via REUTERS
"Estamos a trabalhar num plano com um objetivo claro, um calendário e passos, que se baseie na solução de dois Estados, para resolver o conflito", disse Safadi, citado pela agência noticiosa estatal jordana Petra.
De acordo com o diplomata, este plano está a ser coordenado com vários países árabes, tendo sido também submetido à avaliação de "muitos parceiros da comunidade internacional", sem especificar as nações envolvidas ou a receção da proposta.
O plano inclui a "unidade sólida de Gaza, da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental", o reconhecimento de um Estado palestiniano independente e soberano com base nas fronteiras delineadas em 04 de junho de 1967, e estipula "medidas práticas" a serem executadas "de acordo com prazos específicos e com garantias reais".
Safadi não deu pormenores como é que o plano seria executado, referindo que o mesmo só poderá ser posto em prática se "a agressão bárbara contra a Faixa de Gaza for travada e se for posto termo à catástrofe humanitária sem precedentes que está a causar".
A maioria dos países árabes e a comunidade internacional apoiam a solução dos dois Estados, que voltou a ser posta em cima da mesa após o início da guerra, em 07 de outubro.
De facto, durante a sua visita a Amã, no domingo, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, reafirmou o apoio do seu país à solução de dois Estados.
No entanto, existem divergências quanto à forma de o pôr em prática, uma vez que Israel tem vindo a ocupar o território delineado nas fronteiras de 1967.
Safadi insistiu, porém, que o seu país não quer "um novo processo que sirva para desperdiçar o tempo de Israel e perpetuar a ocupação das terras palestinianas".
Safadi condenou as "tentativas" de Israel de deslocar à força os palestinianos da Faixa de Gaza e da Cisjordânia, que descreveu como um "crime de guerra", e disse que não se pode falar de um "dia seguinte" no enclave sem o fim da "agressão".
O diplomata confirmou também que a Jordânia apoia a acusação de genocídio apresentada pela África do Sul contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) e disse que o reino hachemita irá também "apresentar um caso legal ao tribunal", sem fornecer mais pormenores.
Israel declarou guerra ao Hamas em 07 de outubro de 2023, na sequência de um ataque maciço do grupo islamita que incluiu o lançamento de foguetes e a infiltração simultânea de milhares de milicianos que massacraram cerca de 1.200 pessoas e raptaram outras 250 em colonatos judaicos nos arredores da Faixa de Gaza.
Desde então, o exército israelita lançou uma forte ofensiva aérea, terrestre e marítima no enclave palestiniano, onde, para além dos mortos e feridos, cerca de dois milhões de pessoas, a maioria da sua população, sofrem uma crise humanitária sem precedentes, com o colapso dos hospitais, o aparecimento de epidemias e a escassez de água potável, alimentos, medicamentos e eletricidade.
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