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Quatro jovens estavam detidos em Gaza em edifícios civis. Resgate durante o dia acabou por fazer ainda mais vítimas, já que dezenas de pessoas estavam na rua a fazer compras no mercado.
A operação teve lugar no campo de refugiados de Nuseirat e durante o dia, o que tornou ainda maior o número de vítimas civis, uma vez que muitas pessoas se encontravam na rua a fazer compras no mercado próximo. Por ser durante o dia, a operação, apelidada de "sementes de verão", permitiu às forças israelitas um maior elemento de surpresa, justificaram.
No ataque um elemento das forças especiais de Israel ficou gravemente ferido, não tendo resistido, depois de ter sido transportado para o hospital.
De acordo com o porta voz das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), o contra-almirante Daniel Hagari, esta operação "teve a escala da Entebbe", um referência ao resgate de reféns no Uganda em 1976.
As forças do Hamas anunciaram, entretanto, que esta operação terá tirado a vida a outros três reféns, dos 116 que ainda se encontram na Faixa de Gaza (dos quais 40 Israel já considerou como mortos, mesmo na ausência de corpo). Porém, esta informação foi desmentida, à CNN, pelo porta-voz do exército israelita, Peter Lerner: "É uma mentira descarada".
Depois do anúncio do resgate dos quatro reféns, o ministro centrista do gabinete de guerra, Benny Gantz, adiou um comunicado onde devia anunciar a sua demissão ao primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu. Gantz tinha apresentado ao líder do governo de emergência um prazo de até 8 de junho (ontem) para clarificar qual era a estratégia do pós-guerra para Gaza.
Treino em maquetes dos apartamentos
As informações dos serviços secretos davam conta de que os reféns se encontravam em dois blocos de apartamentos distintos no campo de refugiados de Nuseirat, misturados com a população civil. Num apartamento estava a jovem de 26 anos, Noa Argamani, e no outro estavam os três homens resgatados: Shlomi Ziv, de 41 anos, Andrey Kozlov e Almong Meir Jan, ambos de 22 anos.
Segundo Daniel Hagari, os reféns não estavam em celas, mas em quartos trancados, rodeados por guardas armados. Para os resgatar, as forças especiais tiveram de os proteger formando o círculo à sua volta até chegarem aos veículos militares no exterior. Neste trajeto enfrentaram a resistência dos elementos armados do Hamas.
Para o desenrolar da missão, as forças especiais israelitas treinaram inclusive em duas maquetes dos apartamentos onde se encontravam os reféns. E os EUA também forneceram informação que ajudou os serviços secretos israelitas, de acordo com a CBS News.
Durante a operação, as forças especiais foram apoiadas por ataques aéreos. Para trás ficaram as imagens de corpos espalhados pelas ruas de Nuseirat.
Os médicos dos dois hospitais locais disseram, à BBC, ter contado mais de 70 corpos. A estimativa israelita é de menos de 100 mortos deixados como rasto da operação de resgate, mas as forças do Hamas, que controlam o governo e as estruturas da região, apontam para mais de 200.
Uma menina de 10 anos contou à BBC que viu ataques aéreos, de tanques e disparos de armas. "Não conseguíamos respirar. A minha irmã Reemaz foi atingida por estilhaços na cabeça e a minha irmã de 5 anos, Yara, também foi atingida por estilhados."
O líder da diplomacia europeia, Josep Borrell, já reagiu a mais um episódio sangrento deste conflito, sublinhando o ataque feito a civis, em Gaza. "As notícias de Gaza sobre mais um massacre de civis são aterradoras. Condenamo-lo com a maior veemência. O banho de sangue deve terminar imediatamente",escreveu na rede social X.
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