A pista obtida através da aplicação ajudou na investigação de um desaparecimento, que por sua vez levou à detenção de duas pessoas.
No município espanhol de Tajueco, perto de Soria, vivem cerca de 56 habitantes e nunca se passa nada. Foi a acreditar nisto que um homem colocou, em plena luz do dia, algo semelhante a um cadáver no seu porta-bagagens em plena luz do dia: não esperava ser apanhado pelo carro do Google Maps. As imagens foram parar à Polícia Nacional espanhola e levaram a duas detenções, entretanto.
A investigação sobre a pessoa suspeita de estar nesse porta-bagagens começou em novembro de 2023 quando um parente da vítima, de nacionalidade cubana e intitulada de JLPO pelas autoridades, denunciou o seu desaparecimento. As suspeitas surgiram quando recebeu mensagens através do WhatsApp de JLPO, contando que tinha conhecido uma mulher e que iria abandonar Soria e o seu telemóvel.
Na verdade, a vítima tinha ido visitar uma mulher com quem mantinha uma relação e suspeita-se que ela tenha orquestrado o homicidio com o ex-marido. Agora, eram amantes. Ambos foram detidos a 12 de novembro, com a ajuda da imagem do Google Street View, e o histórico de mensagens de JLPO.
Apesar de a Polícia continuar à procura do motivo do crime, sabe-se que a detida, nascida em Cuba, vivia há anos em Espanha e esteve casada com o outro suspeito, natural de Soria. O desaparecido teria chegado ao país em janeiro de 2023.
As pistas no telemóvel de JLPO e da sua ex-namorada levaram a Polícia ao cemitério de Andaluz onde encontraram, enterrado e desmembrado, "o torso em avançado estado de decomposição" que pode pertencer à vítima. As restantes partes do corpo continuam a ser procuradas.
A investigação continua em curso e as imagens do Google Maps são só uma entre várias pistas do caso, indicam as autoridades.
Só com muita candura não se constatará que o capitão da selecção portuguesa esteve em Washington noutra qualidade que não a de embaixador dos sauditas.
Os sistemas públicos precisam de alarmes, alertas e indicadores automáticos. No caso de Obélix, era impossível não notar que uma única médica prescrevia milhares de embalagens em volume muito superior ao padrão clínico nacional.
O Mecanismo Nacional Anticorrupção degenerou. E isso é uma excelente notícia.
No papel, é uma solução que visa “estabilidade”. Na realidade, é um pacto cheio de contradições, construído em cima de oito anos de antagonismo feroz.
