Essa proposta levaria à suspensão das hostilidades na Faixa de Gaza durante seis semanas e Israel pedia o desarmamento total do grupo.
O Hamas terá rejeitado a nova proposta de cessar-fogo apresentada por Israel, avança a rádio pública britânica BBC. Essa proposta levaria à suspensão das hostilidades na Faixa de Gaza durante seis semanas. Entre as exigências impostas por Israel estava o desarmamento total do grupo que controla aquele território palestiniano.
REUTERS/Dawoud Abu Alkas
Na segunda-feira, o Egito tinha recebido uma proposta de Israel para um cessar-fogo temporário em Gaza, com o objetivo de continuar as negociações — e, atuando como mediador do conflito, passou a proposta ao Hamas. O grupo palestiniano indicou estar a analisar a proposta israelita, mas, logo numa primeira fase, avisou que a proposta para desarmar o Hamas era não apenas uma linha vermelha, mas "um milhão de linhas vermelhas".
"Todos devem entender que isto é um sonho. É sonhar acordado. Nunca será alcançado. Os sonhos de Netanyahu e dos seus apoiantes não podem ser alcançados porque o Hamas é um movimento que defende o seu próprio povo e porque os palestinianos querem libertar as suas terras", disse o Hamas.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, defendeu esta terça-feira que Israel está a lutar pela sua existência, ao falar às tropas israelitas no norte da Faixa de Gaza. Na sua primeira visita ao território palestiniano desde que recomeçou as hostilidades, a 18 de março, após romper o cessar-fogo com o movimento islamita palestiniano Hamas, Netanyahu encontrou-se com o ministro da Defesa, Israel Katz, e com comandantes e reservistas do Exército israelita no norte de Gaza, indicou o seu gabinete num comunicado.
"Durante as negociações com os norte-americanos, o ditador iraniano [Ali] Khamenei emitiu um comunicado explicando por que razão Israel deve ser destruído. Lutamos pela nossa existência", disse Netanyahu às tropas, segundo o comunicado.A proposta exigiria ainda a libertação de metade dos reféns ainda vivos que o Hamas mantém em Gaza.
Israel declarou a 7 de outubro de 2023 uma guerra na Faixa de Gaza para "erradicar" o Hamas, horas depois de este ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando cerca de 1.200 pessoas, na maioria civis, e sequestrando 251.
A guerra naquele território palestiniano fez, até agora, mais de 51.000 mortos, na maioria civis, incluindo mais de 18.000 crianças, e mais de 111.000 feridos, além de cerca de 11.000 desaparecidos, presumivelmente soterrados nos escombros, e mais alguns milhares que morreram de doenças, infeções e fome, de acordo com números atualizados das autoridades locais, que a ONU considera fidedignos.
A situação da população daquele enclave devastado pelos bombardeamentos e ofensivas terrestres israelitas está ainda a agravar-se pelo facto de desde 02 de março Israel impedir a entrada em Gaza de alimentos, água, ajuda humanitária e medicamentos.
Há muito que a ONU declarou a Faixa de Gaza mergulhada numa grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa "situação de fome catastrófica", a fazer "o mais elevado número de vítimas alguma vez registado" pela organização em estudos sobre segurança alimentar no mundo.
E, no final de 2024, uma comissão especial da ONU acusou Israel de genocídio naquele território palestiniano e de estar a utilizar a fome como arma de guerra - acusação logo refutada pelo Governo israelita, mas sem apresentar quaisquer argumentos.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.