Sábado – Pense por si

Hackers chineses acedem a emails do governo americano

Luana Augusto com Ana Bela Ferreira 13 de julho de 2023 às 14:43
As mais lidas

Grupo chinês tinha como objetivo recolher dados do governo americano, através do acesso ilegal a contas de e-mail. A atividade passou despercebida durante um mês, até à Microsoft ter transmitido um alerta.

Piratas informáticos chineses acederam ae-mailsde 25 organizações, incluindo agências governamentais dos EUA, segundo oficiais do governo e a própria Microsoft. O objetivo era recolher informações sobre os Estados Unidos, através da absorção de enormes quantidades de dados, que o governo disponibiliza na nuvem da Microsoft.

"Avaliámos que o objetivo era a espionagem e a obtenção de acesso a sistemas de correio eletrónico para recolha de informações", escreveu Charlie Bell, vice-presidente executivo da empresa americana, no blogue da empresa, na noite de terça-feira.

"A Microsoft contactou todas as organizações comprometidas diretamente através dos seus administradores e forneceu-lhes informações importantes para as ajudar a investigar", acrescentou o comunicado.

Do lado das autoridades norte-americanas, o conselheiro de segurança nacional, Jake Sullivan, garantiu, numa entrevista ao programa Good Morninga America, da ABC, que a intrusão nas contas do governo federal foi detetada "muito rapidamente".

Em comunicado, os departamentos do Estado e Comércio também admitiram estar entre as agências afetadas. Porém, do lado das autoridades oficiais manteve-se a cautela de não atribuir a origem do ataque a nenhum país em concreto, ao contrário da Microsoft que apontou a China como a localização dos hackers.

A empresa, que desenvolve softwares informáticos, não identificou, no entanto, as organizações e as agências que ficaram afetadas, mas garantiu que o grupo de hackers tem como principal alvo, entidades da Europa Ocidental. Segundo ainda o comunicado, o grupo de piratas informáticos é apelidado de Storm-0558, e utilizou dados falsos para conseguir ter acesso a contas de e-mail individuais, durante pelo menos um mês.

A Embaixada da China, em Londres, foi entretanto contactada, através de um e-mail. Pequim negou sistematicamente o seu envolvimento neste tipo de atividades, que ao que tudo indica, começaram em maio deste ano.

Artigos Relacionados
No país emerso

Por que sou mandatária de Jorge Pinto

Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.