Militares tomaram o poder e suspenderam as eleições pouco antes da proclamação dos resultados.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, denunciou a "violação inaceitável" dos princípios democráticos na Guiné-Bissau, onde os militares tomaram o poder e suspenderam as eleições, pouco antes da proclamação dos resultados.
Guterres está preocupado com a situação na Guiné-BissauAP Photo/Richard Drew
O secretário-geral "salienta que qualquer desrespeito pela vontade do povo que votou pacificamente nas eleições gerais de 23 de novembro constitui uma violação inaceitável dos princípios democráticos", afirmou na quinta-feira, em comunicado, Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral das Nações Unidas.
Guterres, lê-se ainda na nota, apelou à "restauração imediata e incondicional da ordem constitucional".
O general Horta Inta-A foi empossado Presidente de transição da Guiné-Bissau, numa cerimónia que decorreu no Estado-Maior General das Forças Armadas guineense, um dia depois de os militares terem tomado o poder no país, antecipando-se à divulgação dos resultados das eleições gerais de 23 de novembro.
Os militares anunciaram a destituição do Presidente Umaro Sissoco Embaló, suspenderam o processo eleitoral, os órgãos de comunicação social e impuseram um recolher obrigatório.
As eleições, que decorreram sem registo de incidentes, realizaram-se sem a presença do principal partido da oposição, Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), e do seu candidato, Domingos Simões Pereira, excluídos da disputa e que declararam apoio ao candidato opositor Fernando Dias da Costa.
Simões Pereira foi detido e a tomada de poder pelos militares está a ser denunciada pela oposição como uma manobra para impedir a divulgação dos resultados eleitorais.
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