Na conferência de empresa conjunta o presidente ucraniano revelou que não vão existir negociações de paz com a Rússia enquanto as tropas russas não abandonarem o país.
O secretário-geral das Nações Unidas esteve esta quinta-feira em Lviv, onde se encontrou com o chefe de Estado da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.
No final da reunião houve uma conferência de empresa coletiva onde, apesar de ter sido anunciado que o encontro de hoje seria dedicado ao acordo de exportações de cereais ucranianos pelo Mar Negro, António Guterres respondeu a várias questões sobre as tensões que se sentem junto da central nuclear de Zaporíjia.
O líder das Nações Unidas declarou que permanece "muito preocupado com a situação que se está a desenrolar dentro e à volta da maior central nuclear da Europa" e considera que "o senso comum deve prevalecer para evitar quaisquer ações que possam colocar em causa a integridade física e segurança dos terrenos nucleares e não deve ser utilizada como parte de nenhuma operação militar".
Advertiu ainda para que esta área "deve ser desmilitarizada" pois, segundo Guterres: "Devemos dizer as coisas como elas são, qualquer dano potencial em Zaporíjia é suicídio."
Também o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, alertou hoje para o risco de uma nova catástrofe nuclear, referindo: "Não queremos uma nova Chernobil".
A ONU continua "a trabalhar para garantir o acesso à segurança" enquanto, segundo o presidente ucraniano, continua a ser impossível negociar a paz com a Rússia.
Para Volodymyr Zelensky é impossível qualquer negociação de paz com Moscovo sem a retirada prévia das tropas russas do território da Ucrânia. Pois "pessoas que matam, violam, atacam as nossas cidades civis com mísseis de cruzeiro todos os dias não podem querer a paz". O presidente referiu ainda "não confiar na Rússia".
REUTERS/Gleb Garanich
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, alertou hoje para o risco de uma nova catástrofe nuclear que poderá resultar da invasão russa da Ucrânia, depois da que ocorreu na central de Chernobil em 1986.
"Não queremos uma nova Chernobil", disse Erdogan numa conferência de imprensa conjunta com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o secretário-geral da ONU, António Guterres, em Lviv, oeste da Ucrânia.
Quatro meses depois do início da invasão russa à Ucrânia mais de 12 milhões de pessoas tiveram de abandonar as suas casas, dentro destes 6 milhões são deslocados internos e os outros 6 milhões abandonaramm o país. As Nações Unidas avançam que desde o início da invasão 16 milhões de pessoas necessitaram de assistência humanitária na Ucrânia. Para além disso, de acordo com os mais recentes dados da ONU, esta já é a maior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A ONU confirmou que 5.514 civis morreram e 7.698 ficaram feridos na guerra, que hoje entrou no seu 176.º dia, sublinhando que os números reais serão certamente muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
A invasão russa, tem sido justificada por Vladimir Putin com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia de forma a que a Rússia possa estar segura. Este ato tem sido fortemente condenado pela generalidade da comunidade internacional, que está a responder com envio de armamento para a Ucrânia e imposição de sanções que atingem praticamente todos os setores russos, da banca à energia e ao desporto.
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