Na homilia, referindo-se à figura de Bento XVI, o papa defendeu a bondade "como virtude cívica" no mundo de hoje. Francisco referiu-se ainda aos "sacrifícios oferecidos para o bem da Igreja" pelo seu antecessor.
O papa Francisco expressou "gratidão" ao seu antecessor, Bento XVI, que morreu hoje, e saudou uma pessoa "nobre e gentil", durante uma celebração na Basílica de São Pedro.
Vatican Media/Handout via REUTERS/File Photo
"Por falar em gentileza, neste momento, o pensamento vai espontaneamente para o amado papa emérito Bento XVI, que esta manhã nos deixou. Com emoção, lembramo-nos da sua personalidade tão nobre, tão gentil", disse Francisco na homilia.
"Só Deus sabe o valor e a força da sua intercessão" (pedir em favor de outro, de acordo com a Igreja Católica), disse Francisco, algumas horas após a morte do papa emérito, aos 95 anos.
Na homilia, referindo-se à figura de Bento XVI, o Papa defendeu a bondade "como virtude cívica" no mundo de hoje.
Esta característica, sublinhou, "é um fator importante da cultura do diálogo" e "indispensável para viver em paz como irmãos que nem sempre concordam, é normal, mas que falam uns com os outros".
O papa Francisco referiu-se ainda aos "sacrifícios oferecidos para o bem da Igreja" pelo seu antecessor.
E acrescentou: "Sentimos nos nossos corações muita gratidão, gratidão a Deus por o ter doado à Igreja e ao mundo, e gratidão a ele por todo o bem que conseguiu e, acima de tudo, pelo seu testemunho de fé e oração, especialmente nestes últimos anos de vida aposentada".
O antigo papa Bento XVI, que morreu hoje com 95 anos, será enterrado a 05 de janeiro numa cripta na Basílica de São Pedro, em Roma, anunciou o Vaticano.
Joseph Ratzinger foi Papa entre 2005 e 2013, quando abdicou e passou a ser emérito da diocese de Roma, dois meses antes de comemorar oito anos no cargo.
Joseph Ratzinger nasceu em 1927 em Marktl am Inn, na diocese alemã de Passau, tornando-se no primeiro alemão a chefiar a Igreja Católica em muitos séculos e um representante da linha mais dogmática da Igreja.
Os abusos sexuais a menores por padres e o "Vatileaks", caso em que se revelaram documentos confidenciais do papa, foram temas que agitaram o seu pontificado.
Bento XVI classificou os abusos como um "crime hediondo" e pediu desculpa às vítimas.
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