Entre as vítimas estavam dois civis. Israel afirmou que operação tinha como objetivo travar a preparação de um ataque terrorista.
As tropas de choque israelitas mataram esta quinta-feira nove palestinianos (sete guerrilheiros e dois civis, alegadamente) durante uma operação-relâmpago no campo de refugiados de Jenin, na região da Cisjordânia. Autoridades israelitas justificam operação letal com as suspeitas da preparação de um ataque terrorista.
REUTERS/Ammar Awad
O exército de Israel avançou que mandou avançar a operação em Jenin com o objetivo de deter membros do grupo armado Jihad Islâmica. Tel Aviv atribui a este grupo o planeamento de "múltiplos ataques teroristas" em território israelita. A Jihad Islâmica confrimou a morte de dois dos seus membros, enquanto o Hamas diz que viu quatro dos seus guerrilheiros morrerem durante a operação. Morreu ainda um membro da fação armada do partido do presidente palestiniano, Mahmoud Abbas. Durante o ataque morreram ainda dois civis: um homem e uma mulher. Não houve baixas do lado israelita.
De acordo com a Reuters, a operação durou três horas em que se ouviram tiros por entre os becos do campo de refugiados e explosões. Jovens atacaram os veículos armados israelitas com pedras. Os confrontos ocorreram nas proximidades do hospital de Jenin, sendo que um representante do hospital disse que entrou gás lacrimogénio no hospital, afetando as crianças que estavam na unidade pediátrica. Israel negou ter tido como alvo das granadas de gás o hospital, mas um porta-voz do exército disse à Al Jazeeraque "a atividade não ocorreu longe do hospital, pelo que é possível que algum gás tenha entrado pelas janelas".
Num comunicado emitido pela presidência palestiniana, citado pela reuters, pode ler-se: "Consideramos que a coordenação da segurança com o governo ocupacionista de Israel não existe por agora". O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, informou que não pretende escalar a tensão na Cisjordânia, mas ordenou às forças de segurança que "se preparassem para todos os cenários em vários setores do território".
Em comunicado, o primeiro-ministro palestiniano, Mohammad Shtayyeh, instou as Nações Unidas e outras organizações de direitos humanos a "intervir de forma urgente para proteger o povo palestiniano e impedir o derrame de sangue de crianças, jovens e mulheres".
Os representantes das Nações Unidas e dos países árabes apelaram a ambos os lados do conflito que mantivessem a paz e que não escalassem o confronto. Os Emirados Árabes Unidos, China e França pediram ao Conselhod e Segurança das Nações Unidas que reunisse na sexta-feira para discutir a violência.
A violência entre Israel e Palestina tem estado em picos de vários anos nos últimos meses, tendo o novo governo de Benjamin Netanyahu prometido medidas mais duras
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.