"Como disse muitas vezes, uma investigação exaustiva confirmará o que já sabemos: não houve conluio entre a minha campanha e nenhum organismo estrangeiro", disse Donald Trump, em comunicado.
Segundo o documento oficial a que a
CNN teve acesso, terá sido o procurador-geral adjunto, Rod Rosenstein, a tomar a decisão de nomear o antigo director do FBI, depois do procurador Jess Sessions ter recusado liderar a investigação por ter sido conselheiro da campanha presidencial de Trump.
O comunicado do Departamento de Justiça indica que Robert Mueller pode agora "julgar crimes federais decorrentes da investigação desta matéria", acrescentando que é de interesse geral que "a investigação fique sob a autoridade de uma pessoa que exerça um grau de independência em relação à normal cadeia de comando". Os Democratas têm vindo repetidamente a pedir que a investigação seja conduzida por alguém que não pertença ao Departamento de Justiça.
Membros do Partido Republicano têm também pedido nos últimos dias que o Congresso promova uma investigação profunda e independente, uma atitude explicada pela inesperada decisão de Donald Trump de demitir o director do FBI James Comey, que estava a conduzir o inquérito.
Confrontado com estes pedidos, Trump afirmou não ter memória de algum dia ter visto algum político norte-americano ser tão maltratado pelos opositores.
Após o sucedido, três comissões do Congresso dos Estados Unidos, todas lideradas por Republicanos, já confirmaram a intenção de ouvir em audição James Comey.
O ex-director do FBI tornou público ter sido pressionado por Trump para não prosseguir a investigação ao conselheiro de Segurança Nacional Michael Flynn, alegadamente envolvido com os russos em ações que prejudicaram a campanha da candidata dos Democratas às presidenciais Hillary Clinton.
Mais de um milhão de pessoas tinha assinado até quarta-feira à tarde uma petição
online a favor da
destituição de Donald Trump.