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Ex-director do FBI vai investigar interferência russa nas eleições

18 de maio de 2017 às 07:56
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Robert Mueller foi nomeado pelo Departamento de Justiça norte-americano

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos da América decidiu nomear o ex-director da polícia federal, Robert Mueller, para investigar a alegada interferência russa nas eleições norte-americanas em 2016. O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acredita que "a investigação exaustiva" vai provar a ausência de ligações com Moscovo. 

"Como disse muitas vezes, uma investigação exaustiva confirmará o que já sabemos: não houve conluio entre a minha campanha e nenhum organismo estrangeiro", disse Donald Trump, em comunicado.

Segundo o documento oficial a que a CNN teve acesso, terá sido o procurador-geral adjunto, Rod Rosenstein, a tomar a decisão de nomear o antigo director do FBI, depois do procurador Jess Sessions ter recusado liderar a investigação por ter sido conselheiro da campanha presidencial de Trump. 

O comunicado do Departamento de Justiça indica que Robert Mueller pode agora "julgar crimes federais decorrentes da investigação desta matéria", acrescentando que é de interesse geral que "a investigação fique sob a autoridade de uma pessoa que exerça um grau de independência em relação à normal cadeia de comando". 

Os Democratas têm vindo repetidamente a pedir que a investigação seja conduzida por alguém que não pertença ao Departamento de Justiça.

Membros do Partido Republicano têm também pedido nos últimos dias que o Congresso promova uma investigação profunda e independente, uma atitude explicada pela inesperada decisão de Donald Trump de demitir o director do FBI James Comey, que estava a conduzir o inquérito.

Confrontado com estes pedidos, Trump afirmou não ter memória de algum dia ter visto algum político norte-americano ser tão maltratado pelos opositores.

Após o sucedido, três comissões do Congresso dos Estados Unidos, todas lideradas por Republicanos, já confirmaram a intenção de ouvir em audição James Comey.

O ex-director do FBI tornou público ter sido pressionado por Trump para não prosseguir a investigação ao conselheiro de Segurança Nacional Michael Flynn, alegadamente envolvido com os russos em ações que prejudicaram a campanha da candidata dos Democratas às presidenciais Hillary Clinton.

Mais de um milhão de pessoas tinha assinado até quarta-feira à tarde uma petição online a favor da destituição de Donald Trump.

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