Presidente da Bolívia, que responsabiliza as alterações climáticas, é considerado o principal culpado pelos violentos fogos que têm atingido a região da Amazónia boliviana e alvo de críticas de opositores políticos e ativistas.
Evo Morales, de porta-voz dos ecologistas a vilão ambiental em dez anos
Os números são assustadores. De janeiro até ao primeiro dia de setembro deste ano, o bioma (conjunto de ecossistemas) Amazónia acumulou 47.804 focos de incêndios. Parte deles, aconteceu na Bolívia, um dos nove territórios por onde passam os cerca de cinco milhões e meio de quilómetros quadrados da maior floresta tropical do mundo, com a maior biodiversidade registada numa área do planeta. A menos de dois meses de eleições, as chamas podem inibir Evo Morales de alcançar um quarto mandato presidencial, apesar do chefe de estado ter cedido à pressão interna para aceitar apoio estrangeiro para combater os incêndios.
Segundo a BBC Brasil, já arderam mais entre 500 mil e 700 mil hectares em Chiquitanía, o principal tesouro natural do país. É a maior zona de floresta tropical do país - 20 milhões de hectares - e local de transição entre a Amazónia e Chaco, um ecossistema que abriga animais e plantas raros. O fogo ameaça as cerca de 500 espécies que vivem nesta região - e os mais de 7 mil militares, polícias, bombeiros e até voluntários enviados para o combate às chamas parecem ter chegado tarde.
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