Joe Biden assinou uma ordem executiva para proteger as liberdades dos americanos e promover um desenvolvimento sustentável desta tecnologia.
O presidente norte-americano Joe Biden assinou esta segunda-feira uma ordem executiva que tem por objetivo estabelecer linhas orientadoras para o desenvolvimento da inteligência artificial (IA). Este documento prevê assegurar medidas para garantir a segurança, equidade e defesa dos direitos civis no advento da massificação desta tecnologia no dia a dia.
REUTERS/Leah Millis
O executivo Biden pretende que esta diretiva consiga reduzir o impacto negativo que a IA possa ter no mercado laboral norte-americano, ao mesmo tempo que mantém os Estados Unidos da América (EUA) na vanguarda da tecnologia. "A ordem executiva estabelece novos padrões para a segurança da IA, protege a privacidade dos norte-americanos, avança a equidade e direitos civis, defende os consumidores e trabalhadores, promove a inovação e competição", pode ler-se no documento citado pela agência noticiosa Associated Press.
O chefe de gabinete da Casa Branca, Jeff Zients, lembrou que Biden deu aos seus funcionários uma ordem para que este tema fosse considerado prioridade máxima. "Temos que nos mover tão rápido, se não mais rápido, do que a própria tecnologia", terá dito o presidente norte-americano, lembrando que os EUA demoraram a legislar sobre as redes sociais e que por essa demora surgiram vários problemas sociais e de saúde mental.
Uma das principais consequências desta ordem é a introdução de marcas de água em conteúdos criados por mecanismos de inteligência artificial. Desta forma, a Casa Branca pretende combater a divulgação de deep fakesou a propagação de esquemas para enganar idosos.
A Casa Branca mostra-se ainda preocupada com a discriminação de grupos sociais por parte das tecnologias de IA e quer que sejam desenhadas práticas para que o papel da mesma na sociedade não coloque em causa a equidade do sistema. Uma das maiores preocupações está no campo da justiça: o presidente norte-americano não quer que a IA seja usada para perpetuar preconceitos existentes na atribuição de sentenças ou na prevenção de crimes. Há vários estudos que sublinham que a IA apresenta muitas vezes preconceitos raciais e de género.
Quanto ao mercado laboral, Biden anunciou a criação de um relatório sobre os impactos da tecnologia no emprego e este irá desenvolver orientações para que as empresas possam adotar procedimentos recorrendo à IA evitando, ao máximo, sacrificar os trbaalhadores. A Casa Branca sinalizou ainda que quer contratar trabalhadores especializados neste campo.
Sobre os impactos na saúde, a nota lembra que a IA pode ser instrumental na descoberta de novos tratamentos e curas, mas que existem vários problemas de ética associados à utilização destes mecanismos no tratamento de doentes.
O executivo pretende ainda que algumas empresas de IA partilhem os resultados dos testes de segurança com o governo. Antes da ordem executiva, a administração tinha conseguido que 15 empresas incluindo a OpenAI, Microsoft e a Google se comprometessem a cumprir certas regras.
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