Depois de vários meses de negociações, a "Fase Um" do acordo comercial entre Estados Unidos e China vai ser assinada esta quarta-feira. Mas tarifas sobre Pequim podem continuar até às eleições norte-americanas.
Depois de vários meses de negociações, a "Fase Um" do acordo comercial entre Estados Unidos e China vai ser assinada esta quarta-feira, colocando um fim a quase dois anos de guerra comercial, com taxas de retaliação, cortes de investimento em importações e tarifas insustentáveis.
Esta quarta-feira, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, assinam um acordo no qual a China se compromete a comprar cerca de 200 mil milhões de euros em exportações norte-americanas, que incluem bens agrícolas, mas também em produtos e serviços energéticos.
O representante norte-americano do Departamento do Comércio, Robert Lightizer, referiu-se a este acordo parcial como "um tremendo passo em frente" nas relações comerciais entre os dois países, dizendo tratar-se de um "mesmo muito bom negócio" para os Estados Unidos, em declarações a uma estação televisiva norte-americana.
O secretário do Comércio dos EUA, Steven Mnunchin, disse estar confiante em que as "questões técnicas mais complexas estão praticamente resolvidas", acreditando que as futuras negociações para novas fases do acordo comercial serão "substancialmente mais fáceis".
O Governo chinês também já comentou este acordo, mostrando-se otimista relativamente ao desenvolvimento das negociações comerciais entre os dois países, dizendo acreditar que será encontrada uma solução definitiva para um conflito que dura há mais de um ano e meio.
Tarifas alfandegárias dos EUA vão manter-se até depois das eleições norte-americanas
Mas nem tudo são rosas neste acordo. De acordo com a Bloomberg que cita fontes próximas do processo, as atuais tarifas alfandegárias dos EUA sobre produtos chineses, no valor de milhares de milhões de dólares, deverão manter-se em vigor até depois das eleições presidenciais de 3 de novembro próximo, o que levou investidores a adotarem uma atitude de maior prudência perante o acordo comercial.
No acordo entre Washington e Pequim é previsto que os EUA possam analisar os progressos e reduzir as taxas aduaneiras em vigor, no valor de 360 mil milhões de dólares, mas nunca antes de 10 meses após a assinatura do acordo com a China.
No entender de Trump, a China é o país mais prejudicado com esta guerra comercial e tem afirmado que as tarifas retaliatórias provocaram muitos danos na economia chinesa, obrigando o Governo de Pequim a fazer cedências.
EUA e China: Um acordo parcial para pôr fim a dois anos de guerra
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