Duas semanas após as inundações que mataram mais de 200 pessoas, há novas localidades em alerta vermelho.
Depois da tempestade que arrasou os arredores de Valência a 29 de outubro, Espanha prepara-se para uma nova DANA. O serviço meteorológico espanhol AEMET emitiu alerta vermelho devido a tempestades para as províncias de Tarragona e Málaga, devido à previsão de 180 litros de chuva por metro quadrado. Em Valência, no dia 29 de outubro, choveram 491 litros por metro quadrado, o que fez com que num dia chovesse o equivalente a um ano.
REUTERS/Eva Manez
Granada e a área costeira de Valência estão sob alerta laranja, com previsões de entre 40 e 120 litros de chuva. Além da chuva, são esperados ventos de cerca de 120km/h em Tarragona, Barcelona e Múrcia.
Em Málaga, cerca de 3 mil pessoas foram retiradas das suas casas em risco de inundação devido à proximidade ao rio Guadalhorce, e outras foram aconselhadas a procurar locais altos. Podem ocorrer novos transbordos de rios e cheias, apenas duas semanas depois das inundações que mataram mais de 200 pessoas, deixando destruídas casas e pertences.
Além de Málaga, foram encerradas escolas em Valência e algumas cidades da Catalunha. Na cidade de Valência, foram distribuídos casacos e cobertores e o porto encerrou.
A ministra espanhola do Trabalho, Yolanda Díaz, recordou que os trabalhadores não são legalmente obrigados a ir trabalhar caso as condições meteorológicas tornem insegura a deslocação.
Encontrados corpos de irmãos levados pela água
Esta quarta-feira, foram encontrados os corpos de Ruben e Izan Matias Catalayud, duas crianças de três e cinco anos que estavam desaparecidas. Foram encontrados a cerca de dez quilómetros de onde desapareceram.
O pai tinha-os agarrado, mas a corrente acabou por levá-los da casa da família, cujas paredes foram destruídas pela força da água.
O pai das crianças sobreviveu ao conseguir trepar a uma árvore, tendo sido resgatado quatro horas depois. Sofreu ferimentos graves.
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"O afundamento deles não começou no Canal; começou quando deixaram as suas casas. Talvez até tenha começado no dia em que se lhes meteu na cabeça a ideia de que tudo seria melhor noutro lugar, quando começaram a querer supermercados e abonos de família".