"Há pessoas a viver com cadáveres em casa", lamenta autarca de uma das localidades mais atingidas, Alfafar. Muitas pessoas continuam desaparecidas e há mais de 200 mortos.
Depois de a DANA ter feito 206 mortos em Espanha e ainda um número desconhecido de desaparecidos, vigoram durante as próximas horas alerta vermelho da AEMET (a agência meteorológica espanhola) em Huelva (no sul), alertas laranjas para as Baleares e para grande parte da Andaluzia e amarelo para Valência.
Até agora, foram recolhidos 202 corpos em Valência, três em Castilla La Mancha, e um na Andaluzia. As forças de segurança e o exército também procuram pessoas presas em veículos ou garagens.
No sul de Valência, carros e destroços empilharam-se nas ruas estreitas, onde a água correu como se de um rio se tratasse causando danos estruturais a edifícios. Há pessoas presas em casa, e vários locais sem eletricidade, água corrente, ou ligações telefónicas estáveis.
"Isto é um desastre. Há muitas pessoas idosas que não têm medicamentos. Há crianças que não têm comida. Não temos leite, não temos água. Não temos acesso a nada", afirmou um residente de Alfafar, uma das cidades mais afetadas no suil de Valência à TVE. Ninguém nos veio avisar no primeiro dia."
Em Paiporta, 62 pessoas morreram. Daqui, as pessoas caminham quilómetros até Valência para conseguir alimentos, enquanto pessoas de outros locais menos afetados à volta vão levam com água e outros produtos essenciais para ajudar, bem como pás, para limpar a lama das ruas.
O presidente da autarquia de Alfafar, Juan Ramón Adsuara, descreve a situação à agência Associated Press: "Há pessoas a viver com cadáveres em casa. É muito triste. Estamos a organizar-nos, mas estamos a ficar sem tudo. Vamos com carrinhas a Valência, fazemos compras e voltamos, mas aqui estamos completamente esquecidos."
Nas redes sociais, surgiu uma iniciativa, a Suport Mutu, que liga pedidos de ajuda da zona de Valência a quem puder ajudar.
Os cientistas acreditam que a mais poderosa cheia dos últimos anos foi potenciada pelos efeitos das alterações climáticas. Há dois anos que Espanha atravessa uma seca, o que fez com que a água não se infiltrasse no solo.
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