Sábado – Pense por si

Duas centrais nucleares chinesas na trajectória do tufão Mangkhut

A tempestade tropical, que passou primeiro nas Filipinas, causou 25 mortos nesse país e um em Taiwan, de acordo com o último balanço. As autoridades de Macau emitiram o alerta máximo no território.

Duas centrais nucleares estão na trajectória projectada do tufão Mangkhut, que deve atingir a China continental no domingo à tarde (manhã em Lisboa) e que levou as autoridades de Macau a emitirem o alerta máximo no território.

A central Nuclear de Taishan e a Central Nuclear de Yangjiang, ambas na província de Guangdong, informaram estarem preparadas para enfrentar o tufão, noticiou este domingo o South China Morning Post (SCMP).

A central de Taishan informou via WeChat (o Facebook chinês) que as autoridades discutiram a melhor forma de lidar com a tempestade que se aproximava e que trabalhadores especializados conduziram investigações de segurança.

Equipes de resposta a emergências foram informadas e preparadas para a chegada do tufão.

"Todo o pessoal de emergência está nos seus postos e conduziu seus trabalhos preparatórios. A fábrica de Taishan está totalmente preparada para o tufão e tudo está em seu lugar ", pode ler-se na mensagem.

A Central Nuclear de Yangjiang informou que realizou inspecções nas suas unidades na manhã de quarta-feira e realizou uma reunião na quinta-feira para discutir a melhor forma de lidar com a tempestade.

Na última conferência de imprensa, as autoridades de Macau disseram ter criado um mecanismo de troca de informações sobre a situação nas centrais com as autoridades de Guangdong.

A tempestade tropical, que passou primeiro nas Filipinas, causou 25 mortos nesse país e um em Taiwan, de acordo com o último balanço das autoridades.

Em Macau, os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) hastearam hoje às 11:00 (04:00 em Lisboa) o sinal 10 de tempestade tropical, o máximo na escala de alerta, com a aproximação do tufão Mangkhut.

Às 11:00, o Mangkhut, agora considerado pelos SMG um tufão severo devido a um ligeiro enfraquecimento, encontrava-se a 160 quilómetros de Macau, prevendo-se que esteja no seu ponto mais próximo do território, a 70 quilómetros de distância, pelas 12:00 (05:00 em Lisboa).

Os mesmos serviços prevêem, nas próximas horas, inundações graves nas zonas baixas, chuvas fortes e ventos que podem superar os 118 quilómetros por hora.

O alerta vermelho de "storm surge" (maré de tempestade) continua em vigor e a subida do nível da água pode atingir os 2,5 metros, indicaram.

Quase 900 voos adiados ou cancelados em Hong Kong

Perto de 900 voos foram adiados ou cancelados em Hong Kong devido ao tufão severo Mangkhut, que se aproxima da costa oeste de Guangdong com ventos até 173 quilómetros por hora, noticiou um jornal local.

De acordo com o South China Morning Post, pelo menos 543 voos programados para hoje foram cancelados, afetando cerca de 96.000 passageiros.

No total, as autoridades do aeroporto internacional de Hong Kong dão conta de 889 voos adiados ou cancelados devido à proximidade deste tufão, considerado o maior do ano, indicou o mesmo jornal.

No território vizinho, Macau, 160 voos foram cancelados e 14 tiveram de ser adiados, segundo as últimas informações do aeroporto.

Quase 500 mil pessoas deslocadas na província chinesa de Guangdong

Quase meio milhão de pessoas foram deslocadas de sete cidades da província chinesa de Guangdong devido ao Mangkhut, que está a atingir Macau e que já causou pelo menos 28 mortos nas Filipinas e um em Taiwan. Um dos primeiros territórios a sofrer o impacto do tufão foi as Filipinas.

O diretor-geral da Polícia Nacional das Filipinas, Oscar Albayalde, disse à agência de notícias Associated Press que 20 pessoas morreram na região montanhosa de Cordillera, quatro na vizinha província de New Vizcaya e outra fora das duas regiões.

Mais três mortes foram registadas no nordeste da província de Cagayan, onde o tufão atingiu o país antes do amanhecer de sábado.

Entre os mortos estão uma criança de dois anos que morreu com os seus pais depois de o casal se ter recusado a abandonar imediatamente a sua comunidade na cidade de Nueva Vizcaya, disse Francis Tolentino, um assessor do Presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte.

Tolentino, que foi designado por Duterte para ajudar a coordenar a resposta a desastres, disse que pelo menos outras duas pessoas estavam desaparecidas.

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