Na Cisjordânia, um palestiniano foi morto após ter tentado atacar soldados com uma faca, segundo a versão das autoridades judaicas.
Na Faixa de Gaza, um jovem de 16 anos foi morto e três outros feridos perto do campo de refugiados de Al-Boureij por disparos de soldados israelitas, anunciou o ministério da Saúde deste enclave controlado pelo movimento islamita Hamas.
Estas violências coincidem com o ambiente de tensão que se prolonga há duas semanas entre palestinianos e forças israelitas em torno de um local religioso ultra-sensível em Jerusalém-leste ocupado e anexado por Israel.
Em Amã, capital da vizinha Cisjordânia, dezenas de pessoas concentraram-se hoje frente à embaixada de Israel para exigir explicações sobre um incidente no domingo passado, em que dois jordanos foram mortos a tiro por um guarda da segurança israelita, que terá sido previamente atacado.
Os manifestantes gritaram palavras de ordem pedindo o encerramento da delegação e o fim do tratado de paz entre os dois países, firmado em 1994.
Após o incidente, a Jordânia permitiu o repatriamento do guarda israelita e solicitou a Israel que adopte as medidas necessárias para assegurar que seja julgado, uma decisão mal recebida em diversos sectores políticos do país. O protesto acabou por ser disperso pelas forças de segurança jordanas.
Na terça-feira, as principais instituições religiosas muçulmanas nos territórios palestinianos exortaram os fiéis a manterem os protestos em redor da Esplanada das Mesquitas apesar da retirada por Israel, nessa madrugada, dos polémicos detectores de metais, colocados após a morte de dois polícias israelitas e três atacantes árabes palestinianos nesse local.
A decisão do executivo judaico suscitou violentos confrontos nas ruas da cidade dividida, os mais graves dos últimos anos, e ameaçou colocar Israel em conflito com outros países árabes e muçulmanos.