Polícias foram acusados dos delitos de "homicídio agravado em segundo grau, com traição e motivos fúteis e ignóbeis".
Dez polícias venezuelanos foram detidos pelo alegado envolvimento na morte de dois indígenas que, a 22 de Setembro, protestavam pela falta de alimentos na localidade de Tucupita, a 720 quilómetros a sudeste de Caracas.
Num comunicado divulgado em Caracas, o Ministério Público (MP) explica que os funcionários detidos pertencem à Polícia do Estado de Delta Amacuro, que as vítimas pertenciam à etnia Warao e que foram identificadas como Jesus Gregório Zambrano Moraleda, de 21 anos, e Jonás José Alcántara Morillo, de 19.
O MP adianta que os polícias foram formalmente acusados dos delitos de "homicídio agravado em segundo grau, com traição e motivos fúteis e ignóbeis", assim como de "tratamento cruel e uso indevido de uma arma orgânica".
Na manhã de 22 de setembro, duas centenas de pessoas concentraram-se na estrada nacional que liga a Tucupita, de onde marcharam até uma sucursal local da rede estatal de supermercados Mercal, para exigir que as autoridades realizassem uma operação de venda de alimentos escassos.
No local, segundo o MP, encontravam-se 21 agentes da Polícia de Delta Amacuro e vários oficiais da Guarda Nacional Bolivariana (polícia militar).
As investigações dão conta que, pelas 18:00 locais, os funcionários teriam disparado contra a multidão. Quatro pessoas ficaram feridas e duas morreram, uma com um tiro no tórax e a outra com um tiro na cabeça.
"O MP coordenou a investigação correspondente e as respetivas diligências realizadas pelo Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminalísticas (CICPC, antiga Polícia Técnica Judiciária), que permitiram a captura, a 16 de outubro, dos responsáveis pelo crime", adianta o comunicado.
Dez polícias venezuelanos detidos pela morte de dois indígenas que reclamavam alimentos
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