Sábado – Pense por si

Covid-19. Reino Unido vai oferecer 3.ª dose da vacina no outono

Britânicos vão poder receber uma terceira dose da vacina, numa tentativa do Reino Unido erradicar a doença até ao Natal. País está ainda a estudar vacinas vacinas especificamente modificadas para atacar novas variantes.

O Reino Unido vai oferecer uma terceira dose da vacina contra a covid-19 no outono, numa tentativa de erradicar as infeções pelo novo coronavírus no país até ao Natal. Está também a ser estudada a opção de administrar vacinas que eliminem o perigo da propagação de novas variantes do vírus.

Boris Johnson - vacina Covid-19
Boris Johnson - vacina Covid-19 Reuters

De acordo com o The Times, estão a ser conduzidos ensaios com as duas opções: a primeira envolve vacinas especificamente modificadas para atacar novas variantes, a segunda passa por administrar uma terceira dose das três vacinas atualmente em uso no país – da Pfizer/BioNTech, da Oxford e AstraZeneca e da Moderna.

Na semana passada, o co-fundador da BioNTech que ajudou a criar a vacina da Pfizer, Ugur Sahin, avançou que será necessária uma dose adicional para reativar a vacina, seis meses a um ano após a segunda dose, uma vez que a imunidade conferida pelas duas doses diminui ao longo de meses. O imunologista indicou também que provavelmente a vacina também precisará de doses sucessivas a cada ano ou ano e meio, algo que já acontece com a vacina da gripe.

"Vamos precisar de uma terceira dose para aumentar novamente a imunidade e aproximá-la de 100%", afirmou Sahin, lembrando que a eficácia da vacina é de 95% após a administração de duas doses, com 21 dias de intervalo.

Até ao momento, quase 35 milhões de pessoas no Reino Unido já receberam a primeira dose da vacina contra a covid-19, entre uma população de 67 milhões. O país realizou acordos com farmacêuticas para a compra de 510 milhões de doses de oito diferentes vacinas, algumas ainda em desenvolvimento.

O Reino Unido vai ainda comprar mais 60 milhões de doses da vacina da Pfizer e BioNTech, revelou na passada semana o ministro da Saúde, Matt Hancock, o que irá permitir ao país mais do que duplicar a sua reserva de vacinas em relação à população. Ao todo, o país comprou mais de 100 milhões de doses da vacina da Pfizer.