O Azerbaijão esttá a trabalhar para apresentar uma proposta de "tréguas policiais", apesar de admitir que é pouco provável que venham a ser aceites.
A Cimeira Climática da ONU deste ano assume-se como a primeira "COP da Paz". O anúncio foi feito pelo Azerbaijão, país organizador, que acredita ser essencial que a reunião se centre na prevenção de futuros conflitos alimentados pelo clima, utilizando a cooperação internacional para ajudar a curar as tensões existentes.
É esperado que os países em guerra recebem um pedido de "tréguas policiais" para suspenderem as hostilidades durante os quinze dias de conferência. Estas tréguas foram pensadas com base nas tréguas olímpicas, utilizadas historicamente durante os Jogos Olímpicos de verão e de inverno.
A COP29 vai ser realizada em novembro em Baku, capital do Azerbaijão, num ano marcado por duas grandes guerras, a invasão à Ucrânia e o escalar do conflito entre Israel e a Palestina. Esta pode ser uma oportunidade para o Azerbaijão, por questões geográficas, se tentar afirmar como um país moderador numa região em constante tensão.
O conselheiro de segurança nacional do Azerbaijão, Hikmet Hajiyev, afirmou o desejo de que a cimeira se torne um motor para a paz, especialmente porque é esperada a participação de 196 países. Em entrevista ao Observer Hikmet Hajiyev afirmou: "O Azerbaijão continua e exercerá esforços adicionais para fazer da COP29 a COP da paz, sem esquecer as preocupações com a ação climática".
Um dos principais argumentos para focar esta cimeira na paz é o facto da crise climática poder agravar a escassez de alimentos e de água assim como aumentar os fluxos migratórios, o que vai aumentar as pressões sobre os Estados.
"Não podemos negar que a ação climática, as alterações ambientais ou os problemas ambientais são relevantes para a segurança e a paz nacional. Somos afetados pelas alterações climáticas e elas fazem parte da segurança nacional e da segurança global", defendeu.
É importante notar que até ao final do ano passado o Azerbaijão esteve envolvido num conflito que se perlongou durante 30 anos com a Arménia devido a disputas territoriais.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
Trazemos-lhe um guia para aproveitar o melhor do Alentejo litoral. E ainda: um negócio fraudulento com vistos gold que envolveu 10 milhões de euros e uma entrevista ao filósofo José Gil.