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Chefe da diplomacia alemã considera política de Trump "irritante"

O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Heiko Maas, afirma que o irrita quando o Presidente dos Estados Unidos apresenta a Europa como um inimigo dos Estados Unidos, ao lado de China e Rússia.

O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Heiko Maas, criticou hoje o Presidente norte-americano, Donald Trump, classificando como "irritante" a sua política em relação à União Europeia (UE).

Donald Trump
Donald Trump

"É evidente que nos irrita quando o Presidente Trump apresenta a Europa como um inimigo dos Estados Unidos, no mesmo plano que a Rússia e a China, ou ainda quando põe em causa a NATO de forma leviana", afirmou o ministro alemão, numa reunião com diplomatas romenos em Bucareste.

"Parece absurdo que nós, na União Europeia, tenhamos que preocupar-nos com a maneira de reagir às tarifas aduaneiras norte-americanas impostas por razões de segurança nacional", acrescentou Maas, antes de observar que "este absurdo" é talvez o reflexo de uma nova realidade geopolítica.

Sobre o 'slogan' de Trump na campanha presidencial "A América primeiro", o chefe da diplomacia alemã considerou que "foi um sinal de alarme".

"A nossa resposta a ele deve ser: 'A Europa unida!'", frisou.

Na semana passada, Heiko Maas instou a Europa a equacionar "uma nova ordem mundial", menos dependente dos Estados Unidos, o que levou a chanceler alemã, Angela Merkel, a vir a público precisar que se tratou de uma opinião pessoal do ministro.

Hoje, Maas exortou a UE a desenvolver uma "política externa e de segurança comum digna desse nome", tal como uma "união de defesa", acrescentando que o princípio da unanimidade conduziu demasiadas vezes a uma política do "menor denominador comum".

"Devemos ser capazes de encontrar áreas em que as decisões por maioria sejam aceitáveis para todos os Estados membros", defendeu o chefe da diplomacia alemã.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.