Guarda Revolucionária do Irão apreendeu o navio, que disse estar "ligado a Israel". Navio é considerado solo português e, por isso, Governo está a acompanhar situação.
Um navio cargueiro com pavilhão português, o MSC Aries, um porta-contentores associado à Zodiac Maritime, foi atacado por um helicóptero perto do estreito de Ormuz, entre os Emirados Árabes Unidos e o Irão, este sábado, avança o jornal britânico The Guardian. Um ataque que surge depois das autoridade de Teerão terem avisado que o estreito poderia ser fechado à navegação.
Segundo a Reuters, que cita a agência noticiosa estatal iraniana IRNA, a Guarda Revolucionária do Irão apreendeu o navio, que disse estar "ligado a Israel" e que estava ser transferido para águas territoriais do país.
A empresa MSC é a gestora e operadora comercial do navio apreendido, indicou em comunicado a Zodiac Maritime. "A MSC é responsável por todas as atividades do navio, incluindo operações de carga e manutenção. A propriedade do navio é detida pela Gortal Shipping Inc, na qualidade de financiador, e foi alugado à MSC a longo prazo. A Gortal Shipping Inc está associada à Zodiac Maritime", declarou esta última empresa, parcialmente detida pelo empresário israelita Eyal Ofer.
O armador ítalo-suíço MSC anunciou que o porta-contentores tem 25 tripulantes a bordo. "Lamentamos confirmar que o MSC Aries, propriedade da Gortal Shipping Inc, afiliada à Zodiac Maritime, e fretado pela MSC, foi abordado pelas autoridades iranianas de helicóptero" e "há 25 tripulantes a bordo", disse a Mediterranean Shipping Company (MSC), com sede em Genebra, à agência noticiosa France-Presse (AFP).
O navio foi apreendido quando atravessava o estreio de Ormuz.
MSC Aries
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O incidente foi inicialmente reportado pela agência de operações comerciais marítimas do Reino Unido (UKTMO), cuja fonte partilhou com a agência norte-americana Associated Press (AP) o vídeo desse mesmo ataque. Segundo a AP, no vídeo veem-se militares a descer de um helicóptero e a tomar de assalto o navio de carga junto ao estreito de Ormuz (entre o golfo de Omã e o golfo Pérsico).
A UKTMO afirmou que imagens mostram que pelo menos três indivíduos terão tomado "rapidamente" de assalto o navio de carga.
Desde 2019 que o Irão tem sido acusado de estar envolvido em vários assaltos e ataques a navios na zona do golfo de Omã, por onde passa cerca de um quinto de todo o petróleo comercializado no mundo.
As tensões, marcadas nos últimos seis meses pela guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, subiram recentemente de tom com um bombardeamento a 1 de abril ao consulado iraniano em Damasco, na Síria, que matou altos funcionários militares iranianos, e que foi atribuído a Telavive. Na época, o Irão ameaçou retaliar.
Na sexta-feira, o presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou estar à espera que o Irão atacasse Israel "mais cedo, que tarde" e avisou Teerão para não o fazer.
Israel já respondeu à captura do MSC Aries. O porta-voz das forças armadas, contra-almirante Daniel Hagari, avisou: "O Irão sofrerá as consequências se optar por uma nova escalada desta situação".
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