Sábado – Pense por si

Budanov, o mocho de estilo Mossad

Maria Henrique Espada
Maria Henrique Espada 21 de maio de 2023 às 10:00

Matou Darya Dugina? “É melhor mudar de assunto”, respondeu, mas vai “continuar a matar russos”. Também já tentaram matá-lo a ele. Explosões na Rússia ou na ponte de Kerch: o suspeito é Kyrylo Budanov, o ousado mas polémico diretor dos serviços secretos.

Kyrylo Budanov mudou-se com a mulher, na noite de 23 para 24 de fevereiro de 2022, para o complexo fortificado e hipervigiado numa ilha no Dnipro, próximo de Kiev, que alberga a sede do GUR, os serviços secretos militares da Ucrânia. Tinha apostado a sua carreira nessa noite. Entre a elite política em volta do Presidente Volodymyr Zelensky, fora o único a garantir que a Rússia ia invadir o seu país, e até quando o faria: naquela madrugada, por volta das 4h da manhã. Diria meses mais tarde, numa entrevista: “Tínhamos tido a conversa de que se não acontecesse, não íamos parecer muito bem.” Ficaram a olhar para o relógio. “Soa estranho, mas temia que não acontecesse como devia.” Aconteceu.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.