NEWSLETTER EXCLUSIVA PARA ASSINANTES Para que não lhe escape nada, todos os meses o Diretor da SÁBADO faz um resumo sobre o que de melhor aconteceu no mês anterior.
"Não vou negociar um adiamento, nem a lei me obriga a fazê-lo", afirmou o primeiro-ministro britânico depois de derrotado no parlamento. Lei aprovada obriga Johnson a pedir o adiamento da saída do Reino Unido até 31 de janeiro do próximo ano.
"Não vou negociar um adiamento com a União Europeia nem a lei me obriga a fazer tal coisa." Foi assim que Boris Johnson, primeiro-ministro britânico, reagiu à proposta aprovada no parlamento para suspender o acordo de Brexit de saída do Reino Unido da UE, acrescentando que "mais um adiamento seria mau para este país ou para União Europeia e mau para a democracia".
A "lei Benn" determina que o primeiro-ministro tenha de escrever uma carta até às 23h00 deste sábado, a solicitar uma extensão do processo de saída da UE por três meses, até 31 de janeiro, se a Câmara dos Comuns não aprovar um acordo ou autorizar uma saída sem acordo até 19 de outubro. Essencialmente, impede um Brexit caótico a 31 de outubro, mas também dificulta a concretização do acordo de saída selado entre Bruxelas e Londres na quinta-feira.
A proposta do antigo deputado conservador agora independente, Oliver Letwin, obrigou assim o governo britânico a retirar o acordo para o Brexit negociado com Bruxelas. Boris Johnson terá agora de apresentar na próxima semana a proposta de lei para regulamentar o acordo para conseguir sair da UE até 31 de outubro.
A proposta foi aprovada por 322 votos a favor e 306 votos contra graças ao apoio do Partido Democrata Unionista (DUP) da Irlanda do Norte e de antigos deputados conservadores atualmente a exercer como independentes.
O parlamento encontra-se reunido numa sessão extraordinária para debater e aprovar o acordo revisto para a saída do Reino Unido da União Europeia, cujas negociações foram concluídas na quinta-feira.
As principais alterações incidiram no protocolo relativo à Irlanda do Norte, removendo o mecanismo de salvaguarda para evitar uma fronteira física com a vizinha República da Irlanda designado por 'backstop'.
O novo protocolo mantém a província britânica no território aduaneiro do Reino Unido, apesar de ficar alinhada com leis da UE que facilitam o movimento de mercadorias na ilha inteira.
Este modelo foi criticado pelo DUP, que anunciou também a sua determinação em votar contra o acordo.
Na Declaração Política que acompanha o acordo e que contém orientações para as futuras relações entre o Reino Unido e UE, foram feitas alterações que substituem a ambição de criar uma "zona de comércio livre" por negociar um "acordo de comércio livre".
Corbyn pede a Boris para reconsiderar, escoceses ameaçam com tribunal
Em reação à decisão do primeiro-ministro britânico de recusar um adiamento do Brexit, o Partido Nacionalista Escocês ameaçou com uma ação judicial com o seu líder parlamentar, Ian Blackford, a afirmar que "qualquer falha de um primeiro-ministro que pense estar acima da lei vai acabar em tribunal".
Já Jeremy Corbyn, do Partido Trabalhista, considerou "histórica" a votação no parlamento que levou o governo a recuar e a não submeter o acordo para o 'Brexit' negociado com Bruxelas e pediu a Johnson que reconsiderasse a intenção de recusar um adiamento.
"Hoje é um dia histórico para o Parlamento, porque disse que não será chantageado por um primeiro-ministro que aparentemente está preparado, mais uma vez, para desafiar uma lei aprovada por este Parlamento. Convido-o a pensar com muito cuidado sobre as declarações que acabou de fazer", afirmou.
O líder do Partido Democrata Unionista (DUP) da Irlanda do Norte, Nigel Dodds, disse que o adiamento "vai dar mais tempo para uma análise detalhada do acordo" à luz da preocupação com a integridade económica constitucional do Reino unido, que entende estar em causa.
Bruxelas analisa segunda-feira resultado da votação
O grupo diretor do Parlamento Europeu (PE) para o 'Brexit' vai analisar na segunda-feira a aprovação, pela Câmara dos Comuns, de uma proposta para um adiamento do 'Brexit', indicou hoje Guy Verhofstadt.
A informação foi avançada pelo coordenador da assembleia europeia para o 'Brexit' numa publicação na sua conta na rede social Twitter, na qual também defende que, "independentemente daquilo que acontecer a seguir", as manifestações de hoje junto do parlamento britânico demonstram "quão importante é uma parceria futura próxima entre a União Europeia (UE) e o Reino Unido".
Verhofstadt referia-se aos milhares de pessoas que se concentraram hoje no centro de Londres, junto à Câmara dos Comuns, para pedir que o Reino Unido não saísse do bloco comunitário.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.