Junhos quentes em Bruxelas
Junho está a acabar e julho promete continuar quente quando se aproxima o prazo para resolver as disputas comerciais com a América de Trump. É melhor estarmos preparados para o que ainda pode vir antes de irmos a banhos.
Junho está a acabar e julho promete continuar quente quando se aproxima o prazo para resolver as disputas comerciais com a América de Trump. É melhor estarmos preparados para o que ainda pode vir antes de irmos a banhos.
As negociações que só concluíram na madrugada de segunda-feira chegaram a acordo sobre três textos: uma declaração sobre objetivos comuns de política externa, um pacto sobre segurança e defesa e um entendimento comum sobre várias áreas de cooperação futura.
Simon Coveney, ministro dos Negócios Estrangeiros da Irlanda, reagiu ao anúncio feito pela sua homóloga britânica, Liz Truss, que afirmou que o executivo ia "introduzir uma lei, nas próximas semanas, para fazer alterações ao protocolo da Irlanda do Norte".
O comissário europeu da Justiça, Didier Reynders, rejeita o cenário de um Polexit, lembrando os "protestos na Polónia durante o fim de semana" passado, de apoio à integração comunitária.
UE e Reino Unido estão em conflito aberto porque este último tomou medidas unilaterais para mitigar o impacto da introdução de controlos aduaneiros na circulação de algumas mercadorias, o que levou a Comissão Europeia a levantar um processo de infração em março.
As novas medidas estão a causar problemas na circulação de algumas mercadorias, nomeadamente produtos alimentares de origem animal, gerando tensões no território.
O encontro entre os dois responsáveis ocorreu numa altura em que a Comissão Europeia abriu um processo de infração ao Reino Unido em 15 de março, por considerar que o Governo britânico violou o Protocolo sobre a Irlanda e a Irlanda do Norte ao prolongar unilateralmente, por seis meses, o período de carência de certos controlos alfandegários sobre produtos provenientes do Reino Unido e destinados à Irlanda do Norte.
Novos dados mostram que o Brexit está a trazer complicações às exportações e importações no Reino Unido. O novo acordo assinado implica novas barreiras alfandegárias e mais burocracia.
Mesmo finalizado um acordo que facilita o comércio sem quotas nem tarifas, têm-se multiplicado as queixas de empresas com os atrasos e custos das novas barreiras, como a necessidade de controlos sanitários, preenchimento de formulários e apresentação de declarações de importação e exportação.
Em referência ao Brexit, o presidente da Assembleia da República afirmou ser necessário "assentar a poeira de um processo que foi tumultuoso", esperando "continuar a trabalhar numa relação nova" com Londres.
Stanley Johnson, antigo membro do Parlamento Europeu e pai do atual primeiro ministro britânico, não quer cortar os seus laços de anos com a União Europeia, pelo que pretende tornar-se num cidadão francês.
Após um debate de cerca de quatro horas, a Câmara dos Comuns aprovou a legislação necessária para implementar o acordo por 521 votos a favor, contabilizando 73 contra.
"O ‘Brexit’ chega contra a vontade do povo da Escócia", a maioria do qual (62%) votou contra a saída do Reino Unido da UE, recordou Sturgeon.
As capturas de linguado e peixe-espada preto serão reduzidas em 20%. Corte da pescada foi de 5%.
UE e Reino Unido anunciaram que vão prosseguir as negociações num derradeiro esforço em busca de um acordo sobre as relações futuras no pós-'Brexit'.
Boris Johnson e Ursula von der Leyen reuniram-se este sábado para analisar o atual estado das negociações para um acordo de comércio pós-Brexit.