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Bolsonaro diz que queimou pulseira eletrónica "por curiosidade": "Usei um ferro de soldar"

Ex-presidente do Brasil estava em domiciliária e passou agora para prisão preventiva.

Jair Bolsonaro admitiu às autoridades brasileiras que queimou a pulseira eletrónica com um "ferro quente", "por curiosidade". O ex-presidente do Brasil acabou por ser detido na madrugada de sábado, encontrando-se atualmente em prisão preventiva, em Brasília.

Jair Bolsonaro tentou quebrar a pulseira eletrónica
Jair Bolsonaro tentou quebrar a pulseira eletrónica AP

Num vídeo divulgado pela imprensa do país, Bolsonaro reconhece que tentou violar o dispositivo com um "ferro de soldar", mas garante que não o rompeu. Começou a queimar a pulseira "ao final da tarde" e acabou preso por volta da meia-noite, depois de ter sido dado o alerta e de o juiz ordenar de imediato a detenção, por temer uma possível fuga para o estrangeiro.

Bolsonaro, que estava em prisão domiciliária desde agosto, foi condenado a 11 de setembro a 27 anos e três meses de prisão em regime fechado por liderar uma tentativa de golpe de Estado, a seguir à derrota nas eleições de 2022. Ficou provado que o ex-presidente, de 70 anos, liderou uma organização criminosa armada e tentou abolir violentamente o Estado Democrático de Direito.

Este domingo o antigo presidente do Brasil vai ser presente a uma audiência de custódia por videoconferência, um procedimento obrigatório após as detenções, que serve para verificar se a ordem foi cumprida de forma legal, bem como para avaliar as condições físicas do detido. 

A pulseira eletrónica, entretanto, será alvo de perícias.

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