Uma das maiores greves dos últimos anos promete parar Paris e outras cidades francesas. Autoridades estão atentas a grupos desordeiros.
É uma das maiores greves em França dos últimos anos. Cerca de 800 mil pessoas, entre professores, trabalhadores dos transportes, profissionais de saúde, trabalhadores da administração pública e operários fabris, estão em greve para pressionar o recém-empossado primeiro-ministro Sébastien Lecornu a rever os cortes previstos e a aumentar os salários, as pensões e até o dinheiro destinado aos serviços públicos. Os grevistas devem sair esta quinta-feira à rua por todo o país e as autoridades francesas mobilizaram 80 mil polícias prevendo distúrbios durante as manifestações previstas.
Protesto em França contra as políticas do governo reuniu milhares de pessoasAP Photo/Michel Euler
O ministro do Interior francês, Bruno Retailleau, disse que são esperadas mobilizações "fortes" e pelas primeiras horas desta quinta-feira já havia bloqueios nas estradas e nos caminhos de ferro. Algumas estações de autocarros estão também bloqueadas, como transportes ferroviários. Tendo em conta os trabalhadores que declararam greve, a Autoridade de Transportes de Paris alertou que 13 das 16 linhas de metropolitano vão funcionar apenas nas horas de ponta, enquanto as três linhas automáticas vão funcionar normalmente. Retailleau afirmou que "vai ser um dia sombrio em Paris".
Retailleau afirmou que as autoridades preveem a presença de "cinco a dez mil pessoas" com a intenção de causar distúrbios e que identificou como "infiltrados" de "extrema-esquerda". Pelo menos oito grandes sindicatos estão a ajudar na organização das manifestações desta quinta e que se opõem às medidas de austeridade de 44 mil milhões de euros propostas por Bayrou para 2026.
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Trabalhadores ferroviários em greve invadem átrio do Ministério da Economia francês
Além dos 80 mil polícias e gendarmes, as forças de segurança vão utilizar drones de vigilância, veículos blindados e uma dezena de veículos com canhões de água. O ministro explicou que deu "instruções claras" de "firmeza" e "autoridade".
O último protesto teve como palavra de ordem "bloqueio total" e foi mobilizada através das redes sociais, principalmente contra o plano de austeridade do governo do primeiro-ministro François Bayrou, que caiu no dia 8 de setembro.
Hoje, Sébastien Lecornu vai reunir-se com líderes socialistas, ambientalistas e comunistas, além dos dois líderes de extrema-direita, Marine Le Pen e Jordan Bardella. Esta semana Lecornu iniciou uma ronda de contactos, recebendo dirigentes sindicais, patronais e políticos.
Autoridades esperam mais de 800 mil manifestantes em França
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