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Ativistas da Venezuela, Israel e Palestinia e Azerbaijão são finalistas ao Prémio Sahkarov

Lusa 17 de outubro de 2024 às 11:01
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Os três candidatos resultaram de uma votação realizada esta quinta-feira pelos membros das comissões dos Negócios Estrangeiros e do Desenvolvimento do Parlamento Europeu.

A líder da oposição da Venezuela María Corina Machado, as organizações israelo-palestinianas Women Wage Peasse e Women of the Sun e o ativista azeri Gubad Ibadoghlu são os finalistas do Prémio Sakharov, atribuído pelo Parlamento Europeu, foi hoje anunciado.

Parlamento Europeu

Os três candidatos ao Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento 2024 resultaram de uma votação realizada esta quinta-feira pelos membros das comissões dos Negócios Estrangeiros e do Desenvolvimento do Parlamento Europeu.

Com 53 anos, Gubad Ibadoghlu, é um ativista dos direitos humanos do Azerbaijão, académico e crítico anticorrupção na indústria do petróleo e do gás que se tornou, em 2021, investigador na London School of Economics.

Foi detido no Azerbaijão em 2023 e continua sob investigação, mas ainda sem acusação, pelo que a comunidade internacional considera ter-se tratado de uma decisão com motivações políticas.

María Corina Machado, de 57 anos, é líder da oposição a Maduro na Venezuela e foi deputada da Assembleia Nacional entre 2011 e 2014, mas teve o seu mandato cassado nessa altura. Recentemente, o Presidente venezuelano afirmou que a líder das forças democráticas teria fugido do país e ido para Espanha, o que Machado negou.

Também na lista constam os movimentos de defesa da paz Women Wage Peasse, de base israelita, formado logo após a guerra de Gaza em 2014, e o Women of the Sun, fundado em 2021 como um movimento para ajudar as mulheres a encontrar o seu lugar na cena política da Palestina.

O vencedor do prémio, que receberá 50 mil euros, será anunciado a 24 de outubro, depois de uma conferência dos presidentes (a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, e os líderes dos grupos políticos).

No ano passado, o prémio foi atribuído a Jina Mahsa Amini e ao movimento Mulher, Vida, Liberdade no Irão, mas da lista de laureados constam nomes como Nelson Mandela, Malala Yousafzai, Denis Mukwege, Nadia Mourad, Xanana Gusmão, o Povo Ucraniano ou a ONU.

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