O espião israelita, que chegou a ser convidado para Ministro de Defesa da Síria, transmitiu a Israel, via código morse, informações que seriam cruciais para a glória da Guerra dos Seis Dias. Descoberto, preso e torturado, foi enforcado em praça pública, em Maio de 1965, em Damasco.
Na intuição da Mossad, Eliyahu Ben-Shaul Cohen, que entre o período 1945 e 1948, labutara para tirar judeus do Egipto, pareceu ser o indivíduo perfeito que poria em prática um plano destemido que englobava a preparação e a plantação na vizinha Síria de um infiltrado, cuja finalidade resumia-se a um par de evidências: tirar informações e entregá-las a Israel e boicotar todas as acções sírias contra Israel. Aceitou a oferta, após séria recusa. O compromisso de não revelar as suas actividades à mãe, mulher, espelho - ninguém – expressava-se na base imprescindível. A palavra de honra com a disciplina deveria ser extrema. O ordenado, comparado com o que recebia como contabilista, subia insignificantes shekels. Trazido por Isaac Zalman, um operacional do serviço de inteligência, e preparado e limado pelo agente com o nome de código Deervixe, submeteu-se a um sem-fim de exames médicos. Aprovado, seguiu-se um curso arrebatado de seis meses. O futuro katsa - um oficial de inteligência de campo da Mossad – teve como instrutores Motti Kfir e Nathan Salomon, que lhe deram lições básicas necessárias: como seguir e como evitar ser seguido, a maneira de escrever em tinta invisível e outros métodos para precaver a detecção. Recebeu preparo físico e ensaios militares, aprendeu procedimentos de combate, técnicas de codificação e descodificação, estudou o Corão, a política, a história, o mapa da Síria, decorou mil e um nomes de figuras e militares sírios, aprimorou o sotaque árabe-sírio. Estava pronto para passar ao campo de batalha, mas antes, é-lhe dada folga, em Setembro desse intenso 1960, e vai a casa conhecer a filha recém-nascida Sophie. A esposa mantém confiança na história que o marido lhe havia dito: trabalhava no Ministério da Defesa e, por tal, teria de viajar bastante.
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Há momentos que quebram um governo. Por vezes logo. Noutras, há um clique que não permite as coisas voltarem a ser como dantes. Por vezes são casos. Noutras, são políticas. O pacote laboral poderá ser justamente esse momento para a AD.
A recente manifestação dos juízes e procuradores italianos, que envergaram as suas becas e empunharam cópias da Constituição nas portas dos tribunais, é um sinal inequívoco de que mesmo sistemas jurídicos amadurecidos podem ser alvo de ameaças sérias à sua integridade.
Apoiando Marques Mendes, recuso-me a “relinchar” alegremente campanha fora, como parece tomar por certo o nosso indómito candidato naquele tom castrense ao estilo “é assim como eu digo e porque sou eu a dizer, ou não é de forma alguma!”.
O tarefeiro preenche um buraco, não constrói a casa. Tal como no SNS, a proliferação de tarefeiros políticos não surge do nada. É consequência de partidos envelhecidos, processos de decisão opacos, e de uma crescente desconfiança dos cidadãos.