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UE critica plano de paz de Trump para a Ucrânia sem distinção entre agressor e vítima

Lusa 20 de novembro de 2025 às 08:15

Os ucranianos receberam uma proposta para a paz feita pelos EUA, que inclui a cedência de território à Rússia e a redução do exército ucraniano para 400.000 pessoas.

 A alta representante para os Negócios Estrangeiros rejeitou esta quinta-feira um plano de paz para a Ucrânia que não tenha o acordo do país invadido e a participação da União Europeia (UE), recordando Washington de que "há um claro agressor e uma vítima".
Kaja Kallas critica plano de paz dos EUA para a Ucrânia, sem acordo do país e da UE AP Photo/Geert Vanden Wijngaert
Sem adiantar muitos detalhes, Kaja Kallas disse que a reunião de hoje dos ministros dos Negócios Estrangeiros, em Bruxelas, vai debruçar-se sobre as "notícias recentes". O Governo ucraniano anunciou na noite de quarta-feira que recebeu uma proposta de um plano de paz, feito pelos Estados Unidos da América (EUA), que inclui a cedência de território à Rússia, nomeadamente as porções que Moscovo anexou, e a redução do exército ucraniano para 400.000 pessoas. "Para acabar com esta guerra é preciso o acordo dos ucranianos e dos europeus [...], já falámos sobre isto: qualquer solução tem de ser justa e duradoura", respondeu Kaja Kallas aos jornalistas, à entrada para a reunião ministerial. A representante da diplomacia da UE acrescentou que é "preciso recordar que há um claro agressor e uma vítima" e que o Presidente russo, Vladimir Putin, "há muito que podia ter acabado com esta guerra". "Para qualquer plano funcionar, precisa do apoio dos ucranianos e dos europeus, só assim poderá um cessar-fogo ser incondicional", comentou, rejeitando responder a mais perguntas sobre este tópico. Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 países da UE discutem hoje em Bruxelas os últimos desenvolvimentos da guerra na Ucrânia, nomeadamente o plano de paz apresentando ao Governo de Volodymyr Zelensky pela Casa Branca, que inclui a cedência a Moscovo de território ocupado pela Rússia desde fevereiro de 2022. Em simultâneo, a Rússia intensificou os bombardeamentos a áreas residenciais e infraestruturas energéticas - coincidindo com a chegada do inverno -, e o escândalo de corrupção abalou o Governo ucraniano.
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