Guerra na Ucrânia. Forças russas entram em Kiev, capital resiste ao cerco

Internet está de volta, Kiev sem confrontos nos últimos 45 minutos

A internet parece voltar à Ucrânia, tendo sido registada a recuperação da reconetividade, embora algo intermitente.

As falhas foram registadas numa altura em que, avança a CNN, houve uma interrupção das explosões durante cerca 45 minutos. A capital ucraniana ficou silenciosa a partir das 5h00 deste sábado, hora local (3h00 em Lisboa).

Diplomata confirma que Zelensky recusou pedido dos EUA

Olexander Scherba, diplomata ucraniano, confirma que Volodymyr Zelensky recusou a oferta dos EUA para ser retirado de Kiev.

E deixa uma mensagem para Moscovo: "Os fascistas de Putin serão destruídos. E a memória deste momento será guardada não só pela Ucrânia, mas pelo mundo inteiro."

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Ucrânia com falhas na Internet

Confirmada grande falha de internet em toda a Ucrânia, com "disrupções significativas" em Kharkiv e depois em Kiev.

?? Confirmed: Real-time network data show a major disruption to #Ukraine's internet backbone provider GigaTrans, which supplies connectivity to many other networks. The incident comes as heavy fighting is reported in #Vasylkiv and #Kyiv

Background: https://t.co/S0qJQ7CbNv pic.twitter.com/EksnZjs9Ay

Cazaquistão, um dos aliados da Rússia, recusa enviar tropas para a Ucrânia

O Cazaquistão, um dos principais aliados da Rússia no leste Europeu, recusou ajudar Moscovo com o envio de tropas para combater na Ucrânia, indicou fonte oficial do exército cazaque àNBC.

Além disso, o país asiático também não pretende reconhecer os territórios ucranianos de Donetsk e Lugansk como estados independetes, como a Rússia o fez.

EUA preparam-se para evacuar presidente da Ucrânia, Zelensky recusa

Segundo oWashington Post,os EUA estão a preparar-se para evacuar o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para evitar que este seja capturado ou morto pelas forças russas.

O presidente ucraniano terá recusado deixar o país.

Zelensky disse, numa mensagem esta quinta-feira, ser o "alvo número 1" das forças russas.

Vídeos mostram combate intenso junto ao Zoo de Kiev

Extremely hard combat near the Kyiv Zoo now pic.twitter.com/8OTokRe1zu

Sons de tiros e explosões ouvidos esta madrugada em Kiev

Há vários minutos que se ouvem frequentes sons de tiros e explosões na capital ucraniana, Kiev.

??Fightings is going on in #Kyiv pic.twitter.com/n7aTcAxHgb

50 países na ONU dizem que "Putin é o agressor"

Cinquenta países, incluindo Portugal, subscreveram nas Nações Unidas uma declaração sublinhando que "Putin é o agressor" da Ucrânia, e prometendo levar a condenação da Rússia à Assembleia Geral da ONU, depois do veto russo a uma resolução do Conselho de Segurança.

"O presidente Putin escolheu violar a soberania da Ucrânia. O presidente Putin escolheu violar a lei internacional. O presidente Putin escolheu violar a Carta da ONU. O presidente Putin optou por lançar bombas em Kiev, para forçar as famílias a fazer as malas e abrigarem-se em estações de metropolitano. O presidente Putin é o agressor aqui. Não há meio termo", refere a declaração conjunta, divulgada após o veto russo a uma resolução do Conselho de Segurança da ONU sobre a agressão da Rússia à Ucrânia.

Bebé nasceu numa das estações de metro de Kiev

Numa altura em que ucranianos procuram abrigo dos bombardeamentos em Kiev, começou a ser partilhada a imagem de um bebé que nasceu numa das estações de metro da capital por volta das 22h30 em Kiev (20h30 em Lisboa).

A baby was born 2 hours ago in the #Kyiv subway, which is now being used as a bomb shelter pic.twitter.com/QgBrLvFHcW

Um pouco mais a sul, em Tcherkássi, foi divulgado um vídeo em que cidadãos abrigados numa estação de comboios cantam o hino ucraniano durante um ataque aéreo

People in one of the #Cherkasy shelters sang the anthem of #Ukraine during the air raid

Does Putin really expect to defeat this nation? Never! ????? ???????! pic.twitter.com/AUksfQNW8p

Quatro civis mortos por míssil russo junto a hospital

Um míssil balístico russo terá feito quatro mortes de civis ucranianos ao atingir o exterior de um hospital em Donetsk, avança a Human Rights Watch.

A organização não-governamental diz que quatro civis morreram e dez ficaram feridos, dos quais seis são profissionais de saúde.

Mulher em lágrimas canta o hino nacional da Ucrânia após casa ser bombardeada

CNN avança que foram ouvidas várias explosões nos arredores de Kiev

A CNN internacional dá conta de que foram ouvidas explosões nos arredores da capital ucraniana. São cerca de 2h30 da madrugada em Kiev neste momento.

Costa deu instruções para concessão de vistos imediatos para cidadãos ucranianos

O primeiro-ministro português anunciou hoje que deu instruções para que as embaixadas de Portugal na Ucrânia e nos países limítrofes concedam vistos imediatos para cidadãos ucranianos, estando o Governo numa "ação ativa" de "identificação de oportunidades de trabalho".

"Portugal, que tem o privilégio de há vários anos ter entre nós uma comunidade ucraniana tão bem inserida, tem reafirmado a total disponibilidade para acolher todos aqueles que queiram prosseguir a sua vida entre nós, e foram já transmitidas instruções, quer à nossa embaixada na Ucrânia, quer nos países limítrofes, para a concessão de visto imediato para poderem vir para Portugal", afirmou António Costa.

O primeiro-ministro falava numa conferência de imprensa no Ministério da Defesa, pouco depois de ter participado numa cimeira extraordinária de chefes de Estado e de Governo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês), que decorreu por videoconferência, e em que também participaram os líderes da Suécia e da Finlândia, centrada na invasão da Ucrânia pela Rússia.

António Costa indicou que está a ser "operacionalizado com o Ministério das Finanças, com o Ministério do Trabalho, com o Ministério da Economia, uma ação ativa de identificação de oportunidades de trabalho e também de atribuição imediata de números de segurança social, de números de contribuinte, para que a autorização de residência possa ter pleno efeito entre todos aqueles que entendam que deve ser em Portugal que podem prosseguir as suas vidas".

Veículos militares pesados podem ter causado aumento de radiação em Chernobyl

As altas medições de radiação na central nuclear danificada de Chernobyl, controlada agora pelas forças russas na sequência da invasão à Ucrânia, podem ter sido causados pela passagem de veículos militares pesados, relatou hoje o regulador ucraniano.

Esta informação foi avançada pelo regulador ucraniano à Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA), que reportou ainda que Chernobyl foi tomada por "forças armadas não identificadas".

A Ucrânia já tinha alertado hoje que registou dados preocupantes de radiação na central nuclear danificada de Chernobyl, que caiu nas mãos do exército russo na quinta-feira, embora Moscovo tenha garantido que está tudo sob controlo.

A agência internacional revelou que a autoridade reguladora da Ucrânia informou que a causa das mediações de radiação altas no local "podem ter sido causadas por veículos militares pesados que agitavam o solo ainda contaminado do acidente de 1986".

A AIEA divulgou em comunicado que avalia que as leituras informadas pelo regulador – de até 9,46 microSieverts por hora – são baixas e permanecem dentro da faixa operacional medida na Zona de Exclusão desde que foi estabelecida e, portanto, não representam nenhum perigo para o público, pode ler-se no comunicado.

O pior acidente nuclear da história ocorreu em 26 de abril de 1986 na Ucrânia - que era, na altura, uma das 15 repúblicas soviéticas -, quando um reator da central de Chernobyl, localizada a cerca de 100 quilómetros de Kiev, explodiu, contaminando cerca de três quartos da Europa, especialmente a Ucrânia, a Rússia e a Bielorrússia.

Quase 350.000 pessoas tiveram que ser retiradas de um perímetro de 30 quilómetros ao redor da central nuclear.

Rússia veta ação do Conselho de Segurança da ONU na Ucrânia, China abstém-se

Uma resolução do Conselho de Segurança da ONU para lamentar a invasão da Ucrânia pela Rússia foi esta sexta-feira vetada pela própria Rússia, enquanto a China optou por se abster.

A ação de Pequim é vista como uma vitória dos países ocidentais, mostrando o isolamento internacional de Moscovo.

Além da China, também os Emirados Árabes Unidos e a Índia optaram pela abstenção do projeto que foi a votos esta sexta-feira. Os restantes países votaram a favor, com a mesma resolução a ir agora a votos entre os 193 membros da Assembleia Geral da ONU, incluindo Portugal.

Zelensky diz que esta será a "noite mais difícil" para a Ucrânia

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, alertou que esta será a"noite mais difícil" em que várias cidades como Kharkiv, Kiev ou Sumy estarão sob ataque, além da região de Donbass.

"Esta noite vai ser a mais difícil. O inimigo vai dar tudo", afirmou numa mensagem ao país através de videoconferência, dedicando uma "atenção especial" a Kiev: "Não podemos perder a capital, temos de resistir."

??"The night will be harder than the day. At night they will go for an assault," - Zelensky

A noite vai ser muito dura, mas o sol vai voltar a nascer. O destino da Ucrânia está a ser decidido agora", diz.

Kiev está "pronta para discutir cessar-fogo e paz", diz porta-voz de Zelensky

A Ucrânia e a Rússia estão a discutir o local e altura para negociações, numa altura em que Kiev diz-se preparada para "discutir um cessar-fogo e paz", avançou o porta-voz do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, negando que a Ucrânia se tenha recusado a negociar.

Ao mesmo tempo, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, diz, citada pela agência noticiosa TASS, que as relações entre a Rússia e o Ocidente estão a chegar a um "ponto sem retorno".

Casa Branca diz que existe "possibilidade real" de Kiev cair

Depois de ter falado com Zelensky esta noite, Joe Biden não irá enviar tropas norte-americanas para a Ucrânia para lutar contra forças russas, avança a Casa Branca.

A Casa Branca indica que existe "possibilidade real" de Kiev cair e avança que Biden terá uma reunião do conselho de segurança norte-americano este fim de semana, em Delaware. 

Os EUA mostram-se ainda recetivos a acolherem refugiados ucranianos e refere que sanções sobre o setor energético da Rússia "estão em cima da mesa".

Ouvem-se sirenes de ataques aéreos em Kiev

Na capital ucraniana, ouvem-se sirenes e explosões.

Sirens sound in #Kiev as explosions continue #Ukraine pic.twitter.com/18lSLiYoMD

Zelensky diz-se grato pelo "forte apoio" dos EUA à Ucrânia

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, falou com o presidente norte-americano, Joe Biden, e agradeceu o "forte apoio" dos EUA à Ucrânia através do fortalecimento de sanções e da assistência militar.

Strengthening sanctions, concrete defense assistance and an anti-war coalition have just been discussed with @POTUS. Grateful to for the strong support to !

Em comunicado, Biden defende que os EUA vão defender cada território da NATO e aponta que Putin "falhou o seu objetivo de dividir o Ocidente".

O presidente norte-americano diz que ordenou a implantação de mais forças militares na Europa para ajudar os aliados da NATO e refere que a organização vai manter a "porta aberta" para estados europeus que se queiram juntar à aliança.

Portugal vai enviar 174 militares para a Roménia "nas próximas horas"

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou hoje que uma companhia do Exército português composta por 174 militares será enviada para a Roménia "nas próximas semanas", numa altura de conflito entre a Rússia e Ucrânia.

"Portugal, para além das forças que este ano tem afetas ao comando europeu da NATO, decidiu antecipar do segundo semestre já para o primeiro semestre a mobilização e o empenho de uma companhia de infantaria que atuará na Roménia e que será projetada nas próximas semanas", avançou o primeiro-ministro.

António Costa falava aos jornalistas no Ministério da Defesa Nacional, acompanhado pelo ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, e pelo Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA), almirante Silva Ribeiro, depois de ter estado reunido à distância com os líderes dos países membros da NATO para discutir a crise de segurança na Europa à luz da ofensiva militar russa na Ucrânia.

Questionado sobre a dimensão desta força, António Costa confirmou que o número de militares que serão enviados "nas próximas semanas" será de 174, já previsto no plano da participação portuguesa em missões internacionais para 2022, ao abrigo da 'Tailored Forward Presence' da NATO.

"Vários outros países neste momento também ou a antecipar ou a reforçar, ou a decidir reforçar a sua participação junto destes países [limítrofes da Ucrânia] de forma a termos uma posição clara de unidade e de dissuasão relativamente à atuação da Rússia", acrescentou.

O Conselho Superior de Defesa Nacional deu na quinta-feira parecer favorável, por unanimidade, a propostas do Governo para a eventual participação de meios militares portugueses em forças de prontidão da NATO.

"O Conselho deu, por unanimidade, parecer favorável às propostas do Governo para a participação das Forças Armadas Portuguesas no âmbito da NATO, que se seguem: 1. Ativação da 'Very high readiness Joint Task Force' (VJTF) e das 'Initial Follow-On Forces Group' (IFFG) para eventual empenhamento nos planos de Resposta Graduada da NATO. 2. Eventual antecipação do segundo para o primeiro semestre de projeção de uma companhia do Exército para a Roménia", lê-se num comunicado.

China diz respeitar a soberania da Ucrânia, mas lembra preocupações da Rússia

O ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, diz que o país respeita a integridade territorial dos país e a sua soberania, incluindo a Ucrânia, mas entende que as preocupações da Rússia quanto a uma expansão da NATO na Europa deve ser discutida de maneira própria.

Segundo Wang, a situação na Ucrânia não é algo que a China deseje, mas lembra a posição histórica da China acerca de sanções aplicadas pelo Conselho de Segurança da ONU.

O ministro esteve em conversações com o homólogo britânico, o chefe para os assuntos exteriores da União Europeia e o conselheiro presidencial de Emmanuel Macron em França.

Forças militares russas param em cidade no norte da Ucrânia

O exército ucraniano avança que as forças militares russas pararam no norte da Ucrânia, junto à cidade de Konotop, após terem sofrido um grande número de baixas.

Em comunicado, dão conta de que as forças de Moscovo têm uma "grande falta de mantimentos e combustível", tendo sido registados casos de assaltos por parte de soldados russos em lojas locais.

Nos arredores da cidade foram avistados cerca de 40 unidades de equipamentos russos queimados.

Ouvidas explosões em Kiev. Autarca aponta para uma noite e manhã "difíceis"

Vitali Klitchko, o presidente da câmara de Kiev, avança que foram ouvidas cinco explosões no espaço de três a cinco minutos a norte da capital ucraniana.

"Os serviços de emergência estão a caminho e vamos saber mais detalhes", disse, citado pelaReuters. O autarca, avança também que as pontes da cidade estão sob proteção e controlo especial, numa altura em que as forças militares russas se aproximam de Kiev.

"A situação é, sem exageros, ameaçadora para Kiev. A madrugada, mais perto da manhã, será muito difícil", avisou, alertando para grupos de sabotagem russos que tentam neutralizar entidades militares e policiais ucranianas.

Tenista russo deixa mensagem numa câmera de televisão

O tenista russo Andrey Rublev deixou uma mensagem numa câmera de televisão.

Após vencer as meias finais finais do torneio de Abu Dhabi, escreveu: "Não à guerra, por favor".

Reino Unido também avança com sanções contra Putin e Lavrov

Além da União Europeia, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, acaba de anunciar aos líderes da NATO que também Londres irá avançar com sanções contra o presidente russo, Vladimir Putin, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergey Lavrov, acrescentando-os à lista de sanções anunciadas pelo Reino Unido ontem.

Boris Johnson acrescenta ainda que a UE e NATO terão de tomar medidas imediatas para banir a Rússia da plataforma de pagamento SWIFT de maneira a "infligir o máximo de dor" a Putin.

Rússia anuncia "restrição parcial" no acesso ao Facebook

As autoridades russas anunciaram hoje uma "restrição parcial" no acesso ao Facebook, depois da rede social norte-americana ter limitado as contas de vários meios apoiados pelo Kremlin, na sequência da invasão russa à Ucrânia.

O regulador russo das comunicações, Rozkomnadzor, afirmou hoje, segundo a Associated Press (AP), que pediu ao Facebook que levantasse as restrições postas na quinta-feira à agência estatal RIA Novosti, ao canal de televisão estatal Zvezda e aos 'sites' pró-Kremlin lenta.ru e gazeta.ru.

A agência reguladora russa afirmou que a rede social norte-americana, liderada por Mark Zuckerberg, não restabeleceu totalmente as contas àqueles meios de comunicação social.

As restrições das contas, segundo o Rozkomnadzor, incluíram a marcação do seu conteúdo como não credível e a imposição de restrições técnicas nos resultados de pesquisas, para reduzir as suas audiências das publicações no Facebook.

O regulador russo afirmou que a "restrição parcial" ao Facebook tem efeito já hoje, sem clarificar exatamente o que é que significa essa tomada de posição.

Na sua comunicação oficial, o Rozkomnadzor classificou as suas ações como "medidas para proteger a imprensa russa", afirmando que o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo e o Ministério Público de Moscovo consideraram o Facebook "cúmplice na violação de direitos humanos e liberdades fundamentais, bem como na de direitos e liberdades de nacionais russos".

União Europeia confirma sanções a Putin

Bruxelas aceitou colocar o presidente russo Vladimir Putin e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergey Lavrov, na "lista negra" de sanções após a invasão da Rússia à Ucrânia, algo que tinha sido avançado por fonte oficial à Reuters há poucas horas.

As sanções vão levar a um congelamento de bens e os dois governantes russos não serão impedidos de se deslocarem entre os países do bloco, o que deixa em aberto a possibilidade de negociações de paz.

"Deixe-me destacar que os únicos líderes mundias sancionados pela União Europeia são Assad da Síria, Lukashenko da Bielorrússia e agora Putin", afirmou Josep Borrell, alto representante de Bruxelas, após reunião entre os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 Estados-membro para definir detalhes sobre as próximas sanções a aplicar.

NATO acredita que objetivo de Putin é "derrubar o atual governo ucraniano"

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, exigiu esta sexta-feira a Moscovo que cancele a sua manobra militar sobre Kiev e opte pela diplomacia.

"Pedimos à Rússia que pare com esta guerra sem sentido e retire todas as forças militares da Ucrânia, optando pelo diálogo e terminando as agressões", afirma, acrescentando que a Rússia exigiu ainda "documentos escritos que impeçam uma alargamento dos membros da NATO", visando a Suécia e a Finlândia.

A NATO mobilizou pela primeira vez ???elementos da sua força de reação rápida, que inclui militares portugueses, para "evitar transgressões em território da NATO", perante a invasão russa à Ucrânia, revelou hoje a Aliança Atlântica.

"Estamos a mobilizar a força de resposta de defesa coletiva pela primeira vez, para evitar transgressões em território da NATO", salientou o secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg. "Isto foi um grande erro de estratégia de Putin. A União Europeia e NATO estão juntas na luta contra a Ucrânia e os crimes de guerra contra a Ucrânia não ficarão impunes."

"Não há espaço para erros ou mal entendidos: vamos fazer de tudo para proteger cada aliado da NATO e cada centímetro de território de membros da NATO".

O secretário-geral da NATO refere que a organização já previa e avisou sobre esta situação, referindo que acredita que o objetivo de Moscovo seja "derrubar o atual governo ucraniano", indicando que o principal objetivo é apoiar a Ucrânia e outros países ameaçados, como a Suécia e a Finlândia

Costa diz que invasão da Ucrânia é ataque "contra a democracia"

António Costa diz que foi uma reunião "onde puderam participar dois países vizinhos que não são membros da aliança", referindo-se à Suécia e à Finlândia, que se situam perto da fronteira russa.

O primeiro-ministro português referiu que se registou uma "convergência total para reforçar as ações de dissuasão" daquela que foi descrita como uma "clara violação do direito internacional" e que Costa classificou como um ataque contra a liberdade de autodeterminação de um país democrático e "contra a democracia".

O primeiro-ministro disse que a invasão da Ucrânia é uma "ação militar totalmente injustificado" e que "constitui um enorme desafio à ordem internacional", sendo uma violação dos "valores da carta das Nações Unidas".

A presença de forças da NATO será reforçada nas fronteiras da Ucrânia e em todos os países da aliança que estão junto à região e Portugal antecipou a mobilização de infantaria para estes países.

Rússia ameaça Finlândia e Suécia caso decidam juntar-se à NATO

A Rússia ameaçou a Finlândia e a Suéciacom "sérias repercussões políticas e militares" se os países decidirem aderir à NATO.

"Nós apelamos a que o governo finlandês se comprometa com uma política militar de não-alinhamento enquanto fator importante para assegurar a segurança e a estabilidade no norte da Europa", avisou Maria Zakharova, a porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros.

"É evidente que a adesão da Finlândia e da Suécia à NATO, que é um bloco militar, terião consequências militares e políticas graves que iriam requerer que o nosso país tomasse medidas recíprocas", afirmou ainda.

Conselho da Europa suspende Rússia

O Conselho da Europa suspendeu temporariamente a Rússia do Comité dos Ministros e na Assembleia Parlamentar da organização, por causa da agressão militar contra a Ucrânia, e "em linha com o Estatuto do Conselho da Europa".. A decisão acontece "com efeito imediato".

"A suspensão não é uma medida definitiva, mas temporária, e deixa os canais de comunicação abertos", refere a organização em comunicado.

Eurovisão retira Rússia da competição

Num comunicado, a Rede Europeia de Televisões Públicas (EBU) anunciou que resolveu retirar a Rússia do Festival da Eurovisão, que se realiza em maio, em Itália. A televisão ucraniana já tinha feito um apelo para a retirada da Rússia, bem como a televisão dos Países Baixos.

"A decisão reflete a preocupação de que face à crise sem precedentes na Ucrânia, qualquer participação russa na competição poderia trazer perturbações à competição", refere no comunicado partilhado nas redes sociais.

Filha de Abramovich partilha publicação anti-Putin

Sofia Abramovich mostrou-se esta sexta-feira, nas redes sociais, contra as atitudes de Vladimir Putin, que ordenou a invasão da Rússia à Ucrânia. A filha do dono do Chelsea, Roman Abramovich, partilhou, segundo oDaily Mail, uma publicação no seu perfil de Instagram onde condenou a invasão.

"Putin quer uma guerra com a Ucrânia. A maior mentira da propaganda do Kremlin é que a maioria dos russos apoia o presidente", pode ler-se na mensagem.

UE acusa Putin de comportar-se como os nazis

O porta-voz do chefe da diplomacia da União Europeia acusou hoje o Presidente russo, Vladimir Putin, de "comportar-se como os nazis" e estar prestes a cometer um genocídio.

Vladimir Putin diz que "quer evitar o genocídio (contra os falantes russos no leste da Ucrânia), o que é um disparate total, porque está prestes a cometer um aí???????", contra os ucranianos, afirmou Peter Stano, porta-voz de Josep Borrell, que falava em Bruxelas na conferência de imprensa diária do executivo da UE.

"Basicamente, ele quer destruir a Ucrânia. Quer infligir danos e sofrimento ao povo ucraniano. É totalmente desumano", afirmou Peter Stano.

Vladimir Putin acusou na segunda-feira a Ucrânia de ter um regime "neo-nazi", apoiado pelo Ocidente, para exterminar os falantes russos no Donbass, quando anunciou o reconhecimento de Lugansk e Donetsk, territórios separatistas nessa região do leste do país.

O porta-voz de Borrell lembrou que a UE advertiu o Kremlin de que "será responsabilizado" pelo seu ataque maciço à Ucrânia e sublinhou que "não pode haver impunidade".

Ucrânia diz que a Rússia perdeu cerca 2.800 militares em ataques

Fonte oficial ucraniana apresentou números relativos às últimas 36 horas, desde o início do ataque russo:

- 2.800 soldados mortos;

- 80 tanques destruídos;

- 516 veículos armados aniquilados;

- 7 caças abatidos;

- 6 helicópteros de combate neutralizados.

29 mil pessoas atravessaram a fronteira da Ucrânia para a Polónia

Ontem 29 mil pessoas atravessaram a fronteira da Ucrânia para a Polónia, informou a embaixada da Ucrânia em Portugal, àSÁBADO.

Putin apela ao exército ucraniano que deponha o governo

O presidente russo dirigiu-se aos soldados a lutar pela Ucrânia para que deponham a liderança do país que descreveu como "terroristas" e um grupo de "toxicodependentes e neo-nazis".

Putin disposto a enviar delegação a Minsk para negociar com Kiev

O Presidente russo, Vladimir Putin, está pronto para enviar uma delegação a Minsk, capital da sua aliada Bielorrússia, para conversações com a Ucrânia, disse hoje o seu porta-voz, citado pelas agências noticiosas russas.

"Vladimir Putin está disposto a enviar uma delegação russa a Minsk, ao nível dos Ministérios da Defesa e dos Negócios Estrangeiros e de elementos da administração presidencial, para negociações com uma delegação ucraniana", anunciou Dmitri Peskov.

O porta-voz da Presidência russa aludiu a uma recente declaração de Volodymyr Zelensky, na qual o Presidente ucraniano se disse disposto a discutir o estatuto de neutralidade do país, o que pressuporia renunciar à sua aspiração de aderir à NATO.

A Rússia insiste que o desejo de Kiev de aderir à Aliança Atlântica é uma ameaça direta à sua segurança, como outros planos de expansão da NATO para território pós-soviético.

Letónia está disponível para acolher Governo ucraniano em caso de exílio

A Letónia está disposta a acolher um eventual Governo ucraniano no exílio, se for obrigado a deixar Kiev por causa da invasão russa, anunciou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros, Edgars Rinkevics.

Na pior cenário, se os líderes políticos ucranianos tiverem de deixar o país porque Kiev caiu nas mãos das tropas russas, a Letónia está disposta a assumir o papel de anfitrião do Governo no exílio, disse Rinkevics.

"Se o Governo ucraniano tiver de sair de Kiev, lutará de qualquer lugar do país. Mas se os líderes legítimos da Ucrânia tiverem de sair temporariamente, a Letónia está pronta para recebê-los", disse Rinkevics, que espera que esta seja apenas uma hipótese teórica.

Rinkevics visitou a Ucrânia esta semana e saiu deste país por estrada, na quinta-feira, após o início da guerra, tendo manifestado a sua satisfação por ter podido viajar para Kiev na quarta-feira, ao mesmo tempo em que um avião com mísseis antiaéreos Stinger doados pela Letónia chegava à capital ucraniana.

O chefe da diplomacia da Letónia disse que o seu país, bem como outros países da NATO, estão a estudar como fornecer equipamento militar à Ucrânia, agora que o espaço aéreo na região fechou.

Rinkevics disse ainda que a Letónia necessita de mais sistemas de defesa antiaérea e de vigilância marítima para a defesa naval do Báltico, tarefa que partilha com a Suécia, que aumentou a sua presença militar na ilha de Gotland.

Europeus compram mais gás à Rússia

As grandes empresas de energia europeias estão a pedir à Gazprom, o gigante estatal russo, para aumentarem o fornecimento de gás natural, reporta Javier Blas, especialista em energia na agência noticiosa Bloomberg.

O gás que é vendido à Europa passa pela Ucrânia, o país que está a ser invadido pela Rússia. O índice de referência do gás natural para a Europa caiu 20% na manhã de hoje, reflectindo este aumento nos fornecimentos, depois de ter aumentado mais de 50% na sessão de ontem.

A dependência energética europeia face à Rússia é significativa: a economia europeia, liderada pela Alemanha, depende em 40% do gás importado a partir do segundo maior produtor mundial da matéria-prima. Esta dependência – e o receio de uma escalada nos preços da energia – tem sido apontada por vários analistas como uma das principais razões para as sanções contra a Rússia não terem sido mais incisivas.

Para a economia russa as exportações são uma fonte crucial de financiamento e acumulação de reservas monetárias, com as quais Vladimir Putin consegue mitigar a queda do rublo e a consequente vaga inflacionista no país.  

União Europeia congela propriedades de Putin e Lavrov

A União Europeia decidiu congelar as propriedades de Vladimir Putin e Sergei Lavrov na Europa, revelou fonte oficial citada pela Reuters.

Ucrânia diz ter infligido mil baixas no exército russo

De acordo com fonte oficial ucraniana, foram registadas cerca de mil vítimas por parte das forças russas.

Esta quinta-feira tinham sido noticiadas entre 400 e 800 mortes nas tropas invasoras.

Mais de 1.800 manifestantes detidos na Rússia por protestos contra a guerra

Mais de 1.800 manifestantes contra a guerra na Ucrânia foram detidos na Rússia, declarou hoje o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, que pediu a libertação das pessoas ainda detidas.

"Nós estamos preocupados com as múltiplas detenções arbitrárias de manifestantes na Rússia que, na quinta-feira, estavam a protestar", disse a porta-voz do OHCHR (siga em inglês), Ravina Shamdasani, numa conferência de imprensa em Genebra.

"Nós sabemos que mais de 1.800 manifestantes foram detidos. Não ficou claro se algum deles já foi libertado", acrescentou.

Grande Prémio de Fórmula 1 na Rússia cancelado

O Grande Prémio da Rússia de Fórmula 1 de 2022, que deveria decorrer em Sochi, em 25 de setembro, foi cancelado, devido à ofensiva militar russa na Ucrânia, anunciou hoje o grupo Formula One, organizador do campeonato.

"Na quinta-feira à noite, a Formula One, a FIA [Federação Internacional do Automóvel] e as equipas [participantes do Mundial] discutiram a posição do nosso desporto e a conclusão foi, considerando a opinião de todos, que é impossível organizar o Grande Prémio da Rússia nas condições atuais", indicou o grupo, em comunicado.

Os organizadores do Mundial da categoria rainha do desporto automóvel assinalaram que estão a acompanhar "com tristeza e estupefação os desenvolvimentos na Ucrânia" e manifestaram esperança "na resolução rápida e pacífica da situação".

A Rússia lançou na madrugada de quinta-feira uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocou pelo menos meia centena de mortos, 10 dos quais civis, em território ucraniano, segundo Kiev.

Putin disse a Xi Jinping que está pronto para negociar com a Ucrânia

Putin disse a Xi Jinping que está disposto a voltar à mesa de negociações com a Ucrânia.

Russos lançam mísseis contra bairros residenciais

Um míssil disparado pelas forças russas contra a cidade de Kharkiv não disparou. 

O jornalista Thomas van Linge, no local, revela que o míssil foi lançado contra um bairro residencial "onde não existe um único alvo militar em redor".

#Ukraine : this missile failed to explode as it was fired at #Kharkiv.

What's telling is that this missile is in the middle of a neighborhood, not a single military target around. Shows you the disregard to civilian life by the #Kremlin. pic.twitter.com/IA5yD3FbpX

Zelensky pede a Putin para voltarem à mesa de negociação

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, apelou ao Presidente da Rússia para se sentarem "numa mesa de negociação".

Zelensky acusou ainda a Europa de ter reagido de forma lenta na ajuda prestada à Ucrânia e diz que o ataque russo se assemelha a uma repetição da Segunda Guerra Mundial. "Como é que vocês se vão defender, se são tão lentos a apoiar a Ucrânia", questionou.

Talibãs apelaram a um cessar fogo e ao início das negociações

Os talibãs, no Afeganistão, pediram hoje à Rússia e à Ucrânia que "resolvam o conflito através do diálogo", após a invasão de Moscovo, destacando a sua neutralidade no conflito.

"O Emirado Islâmico do Afeganistão (como o governo interino fundamentalista se autodenomina), em linha com a sua política externa de neutralidade, apela a ambas as partes no conflito para que resolvam a crise através do diálogo e por meios pacíficos", anunciou o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Abdul Qahar Balkhi, na rede social ‘Twitter’.

O porta-voz disse que estão a "acompanhar de perto" invasão e expressou "preocupação com a possibilidade real de baixas civis".

Xi Jinping e Putin conversaram ao telefone

O presidente da China, Xi Jinping, e o presidente russo, Vladimir Putin, conversaram ao telefone, avança aReuters.

Durante o telefonema, o presidente chinês pediu a Putin que negociasse a solução com a Ucrânia.

Ucranianos preparam-se para defender Kiev

"Rússia não reconhece governo ucraniano como democrático", diz Lavrov

O ministro dos Negócios Estrangeiros afirmou esta sexta-feira que quer "que os ucranianos sejam idependentes" e assegura que "ninguém está a planear invadir a Ucrânia".

"A Rússia não consegue conceber o atual governo ucraniano como democrático", disse Lavrov esta sexta-feira, afirmando que o presidente ucraniano mente quando diz estar disposto a discutir a neutralidade sobre a NATO. 

O ministro de Putin afirmou que a "NATO tentou impor uma cultura neonazi" na Ucrânia e que é imperativo acabar com essa alegada cultura.

Lavrov anunciou ainda que a Rússia lançou o ataque para "garantir a desmilitarização da Ucrânia"

Ucrânia disposta a falar com a Rússia sobre "neutralidade"

A Ucrânia está disposta a encetar negociações com a Rússia, incluindo a neutralidade face à NATO, disse o assessor presidencial Mykhailo Podolyak à Reutersesta sexta-feira.

"Se for possível conversarmos, devemos encetar essas conversas. Se em Moscovo eles dizem que querem falar, incluindo sobre o estatuto de neutralidade, não temos medo de ir a jogo", disse o assessor. "Estamos prontos para o diálogo e isso faz parte da nossa procura pela paz."

UEFA muda final da Liga dos Campeões para Paris

A UEFA anunciou que decidiu mudar a final da Liga dos Campeões de São Petersburgo, na Rússia, para Paris.

A UEFA anunciou igualmente esta sexta-feira, depois de uma reunião que juntou o Comité Executivo da organização na sequência da invasão russa à Ucrânia, que os clubes e seleções dos países em causa e que estejam a participar nas competições da UEFA "jogarão, até novo aviso, em estádios neutros".

Ucrânia diz que Rússia já bombardeou 33 zonas civis

A Rússia bombardeou 33 zonas civis no ataque à Ucrânia nas últimas 24 horas, disse o Ministério da Administração Interna da Ucrânia nesta sexta-feira, enquanto as tropas russas avançavam sobre a capital, segundo a agência de notícias Interfax.

"Os russos dizem que não estão a atacar zonas civis. Mas 33 locais foram atingidos nas últimas 24 horas", disse a agência, citando um funcionário do ministério, Vadim Denisenko. 

Tiros ouvidos no centro de Kiev

Ouvem-se tiros no centro de Kiev, a capital ucraniana, reportam vários jornalistas na capital ucraniana.

Em Obolon, no norte de Kiev, tanques russos passam pelas ruas, pelo meio de zonas residenciais.

De acordo c/a fonte do vídeo, trata-se de uma coluna russa entrando em Kiev através do distrito de Obolon, a cerca de 10/15 km do centro da capital ucraniana. pic.twitter.com/NFrr6ZSidi

Lavrov vai encontrar-se com líderes separatistas

O ministro russo dos Negócios Estrangieros, Sergei Lavrov, vai conversar com os líderes das auto-proclamadas repúblicas independentes de Donets e Lugansk esta sexta-feira.

Putin assinou, na segunda-feira, um decreto que reconhecia a independência das duas regiões do leste ucraniano, antes de ordenar as operações militares de invasão do território ucraniano.

Ministério da Defesa pede que cidadãos façam cocktails Molotov

Uma publicação do ministério da defesa ucraniano apela aos cidadãos ucranianos que saibam preparar cocktail Molotovs para atacar as tropas russas, ao mesmo tempo que apela aos "cidadãos pacíficos" para ficarem em casa. Apelo surge depois de tropas russas chegarem a Obolon, a dez quilómetros para Norte de Kiev.

Noutra publicação, o Ministério da Defesa ucraniano apelou aos cidadãos ucranianos que saibam pilotardronesque contactem as tropas para ajudar nos esforços de guerra.

O Ministério da Defesa anunciou ainda que facilitou a entrada no exército nacional. "Todos vocês que que estão prontos a pegar nas armas, juntem-se às nossas tropas. Simplificámos os processos. Vocês só precisam de um passaporte. Vamos armar todos os patriotas!"

Londres denuncia ataque "bárbaro" e "injustificado"

A ministra dos Negócios Estrangeiros britânica, Liz Truss, denunciou hoje o ataque "bárbaro" e "injustificado" do presidente russo, Vladimir Putin, à Ucrânia, após o disparo de mísseis na capital Kiev ao amanhecer.

A ministra expressou, numa mensagem na rede social Twitter, a sua "solidariedade" para com o seu homólogo Dmytro Kouleba e o povo ucraniano.

De acordo com Liz Truss, o "ataque de Putin à Ucrânia é bárbaro, injustificado e mostra um desrespeito cruel pela vida humana.

Soldados ucranianos enfrentam navio de guerra russo

A Rússia tomou uma pequena ilha ucraniana no Mar Negro chamada Ilha das Serpentes (ou Fidonisi), a poucos quilómetros da Roménia, um membro da NATO. A ilha no Mar Negro era controlada por tropas ucranianas. De acordo com o presidente Zelensky, os militares que tomavam conta da ilha foram mortos por ataques russos.

O ataque foi levado a cabo por dois navios, o Moskva e o Vasily Bykov, que recorreram às armas do convés para levar a cabo o ataque. 

O jornal ucraniano Ukrayinska Pravda partilharam a interação entre os soldados ucranianos e os militares russos que controlavam os navios. No áudio ouve-se a seguinte interação:

Militares russos: Este é um navio de guerra russo. Baixem as armas e rendam-se, caso contrário seremos obrigados a abrir fogo. Compreendem?
Soldado ucraniano 1: Pronto, é o fim. Digo-lhe para ir à merda?
Soldado ucraniano 2: Sim.
Soldado ucraniano 1: Navio de guerra russo, vão-se foder!

last words for some incredibly brave ukrainians pic.twitter.com/cRYCzGRQtB

Esta interação tem sido aplaudida e dada como um exemplo da capacidade de resistência dos soldados ucranianos.

As tropas ucranianas deixaram de comunicar por volta das 22h (1h local). Volodymyr Zelenskyy anunciou que os soldados irão receber o título "Herói da Ucrânia".

Ucrânia terá atacado base aérea na Rússia

As forças militares russas terão atingido a base aérea de Rostov, com mísseis balísticos.

? Ukrainian troops hit a military airfield in Millerovo in the Rostov region

The attack was struck by the Armed Forces of Ukraine with the Tochka-U operational and tactical missile.#Ukraine #Russia pic.twitter.com/dFcorF1dKN

O resumo da noite

Ponto da situação da madrugada:

- Durante a noite as forças russas aproximaram-se de Kiev, havendo tropas a 30 quilómetros de distância da capital ucraniana. A esta distância, Kiev está à distância de lança mísseis russos;
- Blindados russos terão sido parados na cidade de Ivankiv (80 km de Kiev), depois de os militares ucranianos terem explodido uma ponte para evitar a sua passagem;
- As sirenes de guerra em Lviv e Vinnytsia soaram ao início da manhã, enquanto ataques com mísseis atingiram um posto de fronteira no sudeste da Ucrânia na região de Zaporizhzhya;
- As forças russas tomaram controlo da central nuclear de Chernobyl, a norte da capital, perto da fronteira com a Bielorrússia;
- Durante a noite, as instituições europeias voltaram a reforçar a necessidade de implementar sanções;
- As Nações Unidas enviaram ajuda humanitária para a Ucrânia no valor de 18 milhões de euros, enquanto a UE prometeu 1,2 mil milhões de euros, revelando vontade de acolher refugiados da guerra;
- O presidente ucraniano, Volodomir Zelensy, apelou, mais uma vez, à unidade e auxílio internacional e prometeu defender a Ucrâmnia com todas as forças.

Zelensky: "Defendemos a nossa liberdade, a nossa terra"

O presidente ucraniano, Volodomir Zelensy, apelou, mais uma vez, à unidade e auxílio internacional.

"Defendemos a nossa liberdade, a nossa terra. Precisamos de assistência internacional eficaz. Discuti isso com Andrzej Duda [presidente polaco]. Apelo ao Bucharest Nine para a ajuda na defesa, sanções, a fazer pressão sobre o agressor. Temos que ir juntos e sentar a Rússia à mesa de negociações. Precisamos de uma coligação anti-guerra."

Zelensky repete que sanções não são suficientes

O presidente ucraniano disse esta sexta-feira que apesar das sanções já anunciadas, isso não impediu os russsos de continuarem o ataque à Ucrânia, afirmando que aplicar castigos já não é uma moeda de dissuasão forte o suficiente.

Zelensky lamentou que o mundo continue a ser um espectador passivo do que se passa na Ucrânia.

O presidente assumiu ainda que as tropas russas se aproximam cada vez mais da capital ucraniana, Kiev, que tem estado sobre uma pareed de mísseis desde as últimas horas da noite de ontem.

No seu discurso, o presidente teve ainda uma palavra para os milhares de russos que protestam contra a guerra, na Federação Russa: "Quero dizer a todos os cidadãos da Federação Russa que saíram para protestar: nós estamos a ver-vos. Significa que vocês ouviram. Significa que estão a começar a acreditar em nós. Lutem por nós. Lutem contra a guerra", apelou.

Russos às portas de Kiev

Bom dia,

As tropas russas estão a menos de 30 quilómeros da capital ucraniana, revelam fonte oficial da administração de Joe Biden, citada pela CNN. Durante a noite foram ouvidas explosões em Kiev e Lviv.

Inteligência norte-americana acredita que o objetivo é cercar Kiev.

Na última atualização, feita ao final da noite de ontem, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, registou a morte de 137 cidadãos ucranianos, soldados e civis, no primeiro dia de invasão da Ucrânia pela Rússia.