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Reféns libertados de Gaza. O que se segue no plano de paz?
A primeira fase do plano de Trump está (quase) concluída, mas subsistem questões quanto aos próximos passos para a pacificação duradoura da região.
Na segunda-feira, o Hamas libertou todos os reféns israelitas vivos que detinha desde o ataque de 7 de outubro de 2023 - um ponto essencial da primeira fase do plano de 20 pontos do presidente norte-americano Donald Trump para o fim do conflito em Gaza que entrou em vigor nos últimos dias.
Cimeira em Sharm el-Sheikh procura acordo para acabar com a guerra em Gaza em 2025
AP Photo/Evan Vucci, Pool
O que se segue?
O plano estipula que a região de Gaza seja temporariamente governada por um "comité transicional" de tecnocratas palestinianos, supervisionados, por um período de tempo ainda indeterminado, por um "Conselho de Paz" presidido por Trump e outros altos dirigentes internacionais, incluindo o ex-primeiro ministro britânico Tony Blair. A segurança seria mantida por uma força de paz internacional sancionada pelas Nações Unidas, em coordenação com forças policiais palestinianas treinadas pelo Egito e pela Jordânia. Estes contingentes substituiriam gradualmente a presença militar israelita em Gaza, que se limitaria a ajudar a controlar as fronteiras do território. O poder passaria, depois, para a Autoridade Palestiniana, atual soberana da Cisjordânia, e o plano exige que o Hamas não tenha nenhum papel direto ou indireto no governo da Palestina, bem como que membros da organização possam ter direito a amnistia ou passagem segura para fora de Gaza, caso se comprometam com a não-violência. O ministro dos Negócios Estrangeiros egípcio, Badr Abdelatty, vincou que a concretização da primeira parte do plano - cessar-fogo, libertação de reféns, retraída do exército israelita e entrada de ajuda humanitária - era essencial para a continuação das negociações. Ainda assim, nem todos eles foram ainda cumpridos. O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, opõe-se ao regresso da Autoridade Palestiniana à região, e insiste no completo desarmamento do Hamas e desmilitarização de Gaza, dando a entender que Israel retomaria as operações militares caso as suas exigências não fossem satisfeitas: "Se isto puder ser feito da maneira fácil, melhor. Se não, será feito da maneira difícil". O Hamas não concorda com estas exigências, mantendo que qualquer desarmamento seria contingente da criação de um estado palestiniano - um passo a que Netanyahu também se opõe. O grupo reivindica ainda um papel no governo da região como parte do "movimento palestiniano unificado", o que o plano proíbe. Por fim, o plano de desmilitarização de Gaza prevê três passos, o último dos quais coloca Israel na posse de uma "zona de segurança" que corresponde a 15% do território de Gaza. A não-estipulação de uma escala temporal para o fim desta fase mantém a ambiguidade quanto à retirada total de Israel da região palestiniana - outra das exigências do Hamas. Ultrapassados estes impasses, a última fase da proposta de Trump envolve um plano de desenvolvimento económico para reconstruir Gaza, o que, de acordo com estimativas do Banco Mundial e do Egito, requereria um investimento de cerca de €45 mil milhões. O plano envolve a realização de uma conferência de reconstrução, sediada pelo Egito, bem como a participação conjunta de organizações não-governamentais, parceiros internacionais e do setor privado.Artigos Relacionados
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