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Países árabes reúnem no Qatar depois de ataque israelita

Débora Calheiros Lourenço 15 de setembro de 2025 às 19:13

A reunião acabou com uma declaração que pede aos Estados que “tomem todas as medidas legais e eficazes possíveis para impedir que Israel continue com as suas ações contra o povo palestiniano”.

O Qatar sediou uma reunião das nações árabes e islâmicas esta segunda-feira, na esperança de conseguir uma resposta unificada para o com o objetivo de eliminar os líderes do Hamas. No entanto parece que foi difícil encontrar um consenso sobre como reagir e tentar conter a guerra em Gaza. 
Michael Gottschalk/Photothek via Getty Images
Israel, que invadiu Gaza em resposta ao 7 de Outubro, tem atacado os aliados do Hamas, o chamado Eixo da Resistência do Irão, incluindo a Síria, Iémen, Líbano, Irão e mais recentemente no Qatar, o que tem aumentado a tensão no Médio Oriente. O problema é que as tensões entre os vários países árabes da região são prejudiciais à cooperação.   No início da reunião o emir do Qatar acusou Israel de não se importar com os seus reféns em Gaza e estar apenas focado em “garantir que Gaza não seja habitável”: “Se Israel deseja assassinar os líderes do Hamas, para quê envolver-se em negociações. Se desejam insistir na libertação dos reféns, então por que que assassinam todos os negociadores?”, questionou Tamim bin Hamad Al Thani.   “Aqueles que trabalham consistentemente para assassinar parte das negociações certamente farão de tudo para garantir o fracasso delas. Quando afirmam que procuram a libertação dos reféns, isso é mera mentira”, continuou. O Qatar tem sido uma das peças-chave das negociações para a paz e durante o ataque israelita a Doha os líderes do Hamas estavam na cidade para negociar uma proposta de cessar-fogo dos Estados Unidos.   Em junho, depois de os o Irão atacou a Base Aérea de Al Udeid, um importante ponto para as forças americanas. Apesar de o Qatar ter referido que era contra tal ação os dois países não cortaram relações e o presidente iraniano Masoud Pezeshkian este hoje em Doha onde considerou que o mais importante é “isolar o agressor”.   Sobre o ataque de Israel ao Qatar a semana passada Pezeshkian defendeu: “O ataque mostrou que nenhum país árabe ou muçulmano está a salvo da agressão do regime de Tel Aviv. Amanhã pode ser a vez de qualquer capital árabe ou muçulmana”.   Durante a reunião vários dos líderes presentes classificaram o que está a acontecer em Gaza como um genocídio contra o povo palestiniano.   Apesar de ter sido uma importante demonstração de unidade a reunião acabou apenas com uma declaração que pede aos Estados que “tomem todas as medidas legais e eficazes possíveis para impedir que Israel continue com as suas ações contra o povo palestiniano”.  
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