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Israelitas entram em greve e exigem libertação dos reféns

Débora Calheiros Lourenço 17 de agosto de 2025 às 11:28

As autoridades israelitas confirmaram que 32 pessoas foram detidas.

Os manifestantes israelitas que têm exigido ao governo um acordo para garantir a libertação dos reféns mantidos em Gaza intensificaram os protestos este domingo, organizando uma greve nacional que bloqueou e obrigou vários negócios a fecharem as portas
Israelitas protestam e exigem a libertação de reféns em Israel AP Photo/Mahmoud Illean
O “dia da paralisação” foi organizado por dois dos grupos que representam as famílias dos reféns, poucas semanas depois de o Hamas ter divulgado um vídeo de um dos reféns que ainda se encontra vivo nitidamente debilitado e desnutrido e Israel ter respondido com a aprovação de uma nova ofensiva. Os manifestantes reuniram-se em dezenas de pontos do país, incluindo em frente a casas de políticos, quartéis-generais militares e grandes autoestradas, onde foram atingidos por canhões de água numa tentativa de os fazer dispersar. Alguns restaurantes e teatros fecharam as portas para se associarem ao movimento.   “A pressão militar não traz os reféns de volta, apenas os mata. A única maneira de trazê-los de volta é com um acordo, de uma vez só, sem jogos”, disse o ex-refém Arbel Yehould que se juntou às manifestações na Praça dos Reféns em Tel Aviv. Já a mãe do ainda reféns Anat Angrest afirmou: “Hoje, paramos tudo para salvar e trazer de volta os reféns e os soldados. Hoje, paramos tudo par a lembrar o valor supremo da santidade da vida. Hoje, paramos tudo para dar as mãos, direita, esquerda, centro e tudo o que há entre eles”. As autoridades israelitas já afirmaram que 32 pessoas foram detidas. O maior sindicato israelita, Histadrut, recusou-se a aderir às manifestações de domingo, até porque greves desta dimensão são muito raras no país, mas muitas empresas e municípios decidiram entrar em greve por conta própria. Apesar da forte pressão interna e internacional para que Netanyhau acabe com a guerra em Gaza existem também aqueles, mesmo dentro do seu governo, que insistem que não vão apoiar qualquer acordo que permita ao Hamas manter-se no poder. O ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, considerou que a greve é “uma campanha má e prejudicial que faz o jogo do Hamas, enterra os reféns nos túneis e tenta fazer com que Israel se renda aos seus inimigos, colocando em risco a seu segurança”. Já o ministro da Segurança Nacional acusou os manifestantes de tentarem “enfraquecer Israel” numa ação que “fortalece o Hamas e atrasa o retorno dos reféns”.
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