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Blinken em Israel: "Civis apanhados nos ataques têm de ser protegidos"

Ana Bela Ferreira 03 de novembro de 2023 às 12:51

Secretário de Estado norte-americano regressou a Telavive para sublinhar que "a forma como Israel se defende importa".

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, está pela segunda vez em Israel, desde os ataques de 7 de outubro. De regresso a Telavive, o norte-americano sublinhou que Israel tem o direito a defender-se, mas que deve proteger os civis de Gaza.

REUTERS/Jonathan Ernst/Pool

Num encontro com o presidente israelita, Isaac Herzog, Blinken reiterou que Israel tem o direito de "fazer tudo o que está ao seu alcance para garantir que o 7 de outubro [os ataques do Hamas que mataram 1.400 pessoas e fizeram mais de 200 reféns] não voltará a acontecer".

"Ao mesmo tempo, deixem-se ser claro, como Israel faz isso, importa", sublinhou. "É muito importante quando falamos de proteção dos civis, que são apanhados no fogo cruzado provocado pelo Hamas, que tudo será feito para os proteger e para dar assistência àqueles que tão desesperadamente dela precisam, e que não são responsáveis pelo que aconteceu a 7 de outubro".

Na resposta, o presidente Herzog defendeu que Israel está a fazer grandes esforços para avisar a população que deve abandonar o norte de Gaza, por não se tratar de um local seguro.

À porta do local onde estavam os dois representantes, as famílias de alguns dos 240 reféns do Hamas protestavam e apelavam para que não exista nenhum cessar-fogo, até que os reféns sejam libertados. Os EUA decidiram não apelar a um cessar-fogo total, mas pedem mais pausas localizadas para a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.

Além do presidente, Blinken também esteve reunido com o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu durante quase uma hora. Seguiu-se uma reunião com membros do gabinete de guerra.

Israel reclama a morte de 1.400 cidadãos, a maioria civis, e os 240 reféns, durante a incursão-surpresa do Hamas no seu território, a 7 de outubro.

As autoridades de saúde de Gaza (que pertencem ao Hamas) reclamam a morte de 9.061 pessoas - muitos deles mulheres e crianças - desde o início dos ataques de retaliação de Israel.

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