O Chega formaliza esta terça-feira a adesão à aliança "Patriotas pela Europa" que aspira a formar o maior grupo político de extrema-direita e direita radical no Parlamento Europeu.
"Patriotas pela Europa" foi criado no final de junho por iniciativa do Fidesz, do primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán, do Partido da Liberdade da Áustria, de Herbert Kickl, e da Ação de Cidadãos Descontentes, do checo Andrej Babiš.
António Tânger Corrêa, cabeça de lista do Chega às Europeias
Para formar um grupo político no Parlamento Europeu são necessários 23 deputados de pelo menos um quarto dos 27 Estados-membros.
O Fidesz elegeu 11 deputados nas eleições do mês passado, os seus aliados checos 7 eurodeputados e os austríacos 6.
Após a adesão dos dois deputados do Chega – António Tânger Corrêa e Tiago Moreira de Sá – são necessários deputados de mais três países para formalizar a constituição do grupo.
Dois grupos políticos abarcavam a extrema-direita e direita radical na anterior legislatura: "Reformistas e Conservadores", com os Irmãos de Itália, da chefe de governo italiana, Georgia Meloni, e os espanhóis do Vox, e
"Identidade e Democracia", onde se encontravam a Convergência Nacional de Marine Le Pen e o Partido pela Liberdade, de Geert Wilders, que integra a coligação governamental dos Países Baixos.
A IX legislatura do PE terminou com 7 grupos políticos e a distribuição dos 720 deputados da X legislatura está ainda em negociação, tendo os dois principais grupos, "Partido Popular Europeu" e "Socialistas e Democratas" assegurados 190 e 136 mandatos, respetivamente.
A constituição de Grupos Políticos decorre até 15 deste mês, véspera do início formal da X legislatura em Estrasburgo.
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É muito evidente que hoje, em 2025, há mais terraplanistas, sim, pessoas que acreditam que a Terra é plana e não redonda, do que em 1925, por exemplo, ou bem lá para trás. O que os terraplanistas estão a fazer é basicamente dizer: eu não concordo com o facto de a terra ser redonda.