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Volkswagen recusa indemnizar clientes europeus

A marca alemã confirmou que só pagará indemnizações aos norte-americanos

O construtor automóvel alemão Volkswagen confirmou hoje que não vai indemnizar os proprietários europeus de veículos equipados com um dispositivo para distorcer as emissões poluentes, ao contrário dos clientes norte-americanos.

"Não haverá compensação financeira para os proprietários destes veículos (equipados com motores manipulados) na Alemanha", declarou hoje à France Presse Enrico Beltz, porta-voz do grupo para as vendas. As medidas propostas pela Volkswagen na Alemanha e validadas pelas autoridades serão aplicadas em toda a Europa.

O construtor automóvel anunciou no início de Novembro uma compensação de 1.000 dólares por viatura para os 480.000 automobilistas norte-americanos afectados pelo caso e assistência gratuita durante três anos em caso de avaria.

Para a Volkswagen, a diferença de tratamento entre os Estados Unidos e a Europa justifica-se "porque estes dois mercados não são comparáveis", declarou Beltz.

"Nos Estados Unidos, o diesel é minoritário, um segmento muito pequeno" do mercado automóvel, sublinhou, acrescentando que os proprietários de veículos a diesel pagam mais pelos carros e têm de "pagar o combustível mais caro" que os automobilistas alemães.

Na Alemanha, as vendas de veículos a diesel representam "perto de 50% do total do mercado automóvel", apontou.

O porta-voz lembrou que o objetivo do construtor é reparar os veículos sem afetar o seu desempenho. "Se conseguirmos fazer isso, não haverá indemnização para os clientes alemães", sublinhou. O construtor ainda não está em condições de garantir que esse objetivo será atingido.

O grupo, que integra 12 marcas, terá de chamar às oficinas 8,5 milhões de veículos com um dispositivo destinado a distorcer as emissões poluentes a partir de janeiro, na Europa. 

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.