Reverter os cortes a pensões já atribuídas seria “um passo muito perigoso” que poderia trazer “problemas sérios”, alega o ex-ministro Vieira da Silva.
Em 2017, abriu em concertação social o debate sobre o fator de sustentabilidade, que é um corte crescente que vai nos 15% e que se aplica de uma forma geral às pensões antecipadas, com algumas exceções. O plano que apresentou na altura, se me recordo bem, era o de ir progressivamente retirando este corte para futuras pensões, até chegar à eliminação do fator de sustentabilidade. Acha que este passo deve ser dado?
José António Vieira da SilvaVítor Mota
Não tenho ideia do que está a dizer mas, se o diz, decerto que é verdade. Aquilo que me parece importante são duas coisas. Primeiro, não teremos um sistema de Segurança Social sólido se voltarmos a idades reais de reforma que não garantam a sustentabilidade financeira. E dou um exemplo: algumas pessoas defendem que com 40 anos de carreira contributiva e 60 anos de idade se devia ter a pensão sem nenhum corte. Ora com 60 anos uma pessoa tem em média uma esperança de vida de 22, 23 anos. Não há nenhum sistema de segurança social financiado, seja de que forma for, que com 40 anos de carreira contributiva assegure 20 e tal anos de pensão digna.
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