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Varoufakis "não acredita" num acordo no Eurogrupo

"Eu não acredito": foram as palavras do ministro das Finanças grego em Paris sobre um acordo da dívida grega no âmbito do Eurogrupo previsto para esta quinta-feira no Luxemburgo

O ministro grego das Finanças, Yanis Varoufakis, declarou hoje em Paris que não acredita num acordo sobre a dívida, no âmbito do Eurogrupo previsto para quinta-feira no Luxemburgo.

Questionado em Paris, durante um encontro com o secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), Angel Gurria, sobre a possibilidade de um acordo, Varoufakis respondeu: "Eu não acredito." "Neste momento, são os dirigentes políticos que devem chegar a um acordo", acrescentou, citado pela AFP.

A Grécia deve reembolsar o Fundo Monetário Internacional (FMI) em cerca de 1,5 mil milhões de euros, no final do mês de Junho, e não tem dinheiro suficiente para cumprir este prazo e ao mesmo tempo continua a pagar aos funcionários públicos e as reformas.

Atenas conta com o pagamento de 7,2 mil milhões de euros de ajudas, no âmbito de um segundo plano de resgate do FMI e da zona euro, mas os credores condicionam o pagamento desta soma a um programa de reformas sobre o qual as duas partes não chegaram por enquanto a acordo.

"Este governo foi eleito para defender o povo grego com um programa de reformas muito ambicioso", explicou Varoufakis, acrescentando que espera que este plano seja tomado em conta.

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, que tinha declarado na véspera pensar que podia ainda fazer "dois ou três gestos" face aos credores, preveniu que "se a Europa insiste sobre as reformas, deverá aceitar o preço".

Um acordo, que poderia ser encontrado no âmbito de uma cimeira europeia especial, talvez no domingo em Bruxelas, deveria ainda ser aprovado pelos parlamentos de muitos países, incluindo a Alemanha, antes de dia 30 de Junho.

O ministro francês das Finanças, Michel Sapin, estimou hoje por seu turno que uma falha das negociações com Atenas, que poderia conduzir à saída da Grécia da zona euro e mesmo da União Europeia, "seria gravíssima para a Grécia mas também extremamente grave para o projecto europeu".

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.