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UE ameaça recorrer à OMC se acordo China-EUA prejudicar empresas europeias

17 de janeiro de 2020 às 08:01
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"As metas do acordo não são compatíveis com as regras da OMC se levarem a distorções comerciais", afirmou o embaixador da UE na capital chinesa.

AUnião Europeia(UE) avisou esta sexta-feira que recorrerá à Organização Mundial do Comércio (OMC), caso o acordo comercial parcial entreChinaeEstados Unidoscausar "distorções comerciais" em detrimento das empresas europeias.

"As metas do acordo não são compatíveis com as regras da OMC se levarem a distorções comerciais", afirmou o embaixador da UE na capital chinesa, Nicolas Chapuis. "Caso isso se confirme, vamos recorrer à OMC para resolver este problema", admitiu.

Segundo o acordo assinado na quarta-feira, em Washington, a China comprometeu-se a importar 200 mil milhões de dólares (quase 180 mil milhões de euros) adicionais em bens oriundos dos Estados Unidos, nos próximos dois anos, incluindo produtos agrícolas, energia e bens manufaturados, para reduzir o défice comercial entre os dois países.

Também na quinta-feira, a Câmara de Comércio da União Europeia em Pequim avisou que o "acordo possivelmente vai afetar as (...) exportações para a China", alertando para o facto de os compromissos assumidos por Pequim poderem levar a que se substituam produtos europeus por norte-americanos.

Nicolas Chapuis disse, no entanto, que "recebeu garantias formais de que as empresas europeias não seriam afetadas pelo acordo". "Vamos monitorizar a sua implementação", avisou.