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Turistas e poupanças da pandemia sustêm economia antes da tempestade

Bruno Faria Lopes
Bruno Faria Lopes 01 de novembro de 2022 às 10:00

O crescimento no terceiro trimestre é ainda parte da história que deverá levar a economia a crescer perto de 7% este ano, o ritmo mais alto desde 1990. Os recorde no turismo e nas poupanças na banca têm segurado a economia, mas esse suporte não deverá durar, admitem os economistas.

É um momento bizarro na economia portuguesa, este – ao mesmo tempo que se multiplicam as notícias sobre uma provável recessão, e que os portugueses sentem no bolso osefeitos da inflação, os indicadores sobre a economia mostram um ritmo de crescimentoacima do esperado. Que sentido tirar disto? A resposta, ainda a carecer de confirmação, aponta num sentido simples: o consumo privado, alimentado por poupança acumulada e por um ano recorde de turismo, susteve a economia até setembro. A sua força, contudo, não chega para impedir que a economia venha a resvalar, na hipótese mais benigna, para a estagnação.

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