O mais popular browser de Internet pode ficar à venda. Tudo depende de uma decisão de um tribunal federal norte-americano, que já decidiu que a Google manteve um monopólio ilegal.
O Departamento de Justiça e um grupo de estados norte-americanos quer forçar a Alphabet, empresa que detém a Google, a vender o navegador de Internet Chrome. O pedido feito junto de um tribunal federal acontece depois de uma decisão, em agosto, que determinou que a Google tinha mantido um monopólio ilegal nas pesquisas na Internet.
REUTERS/Dado Ruvic/Illustration/File Photo
Segundo a Bloomberg, o Chrome pode valer cerca de 20 mil milhões de dólares (19 mil milhões de euros).
Ao juiz Amit P. Mehta, que detém o caso no Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito de Colúmbia, o governo norte-americano pede ainda que a Google tenha que escolher entre vender o sistema operativo Android, ou impedir que os serviços Google sejam obrigatórios em smartphones Android. Não fica por aqui: a Google pode ainda ser impedida de fazer acordos pagos com empresas como a Apple para ser o motor de busca automático em smartphones e browsers, e terá que deixar os rivais mostrar os resultados de pesquisa da Google e acederem aos seus dados durante uma década.
O governo pediu ainda que a Google se desfaça das ações que detém em empresas de inteligência artificial que controlem tecnologia que possa competir com motores de busca.
Até 20 de dezembro, a Google irá apresentar as propostas que contrapõe ao governo e só em abril de 2025 é que poderá ocorrer o julgamento decisivo.
Segundo o The New York Times, a venda do Chrome e todas as outras propostas são as mais significativas desde que o Departamento de Justiça quis desmantelar a Microsoft em 2000, o que foi travado em segunda instância pelos tribunais. Mas em 1984, recorda o Jornal de Negócios, foi desmantelado o monopólio da AT&T, empresa de comunicações, para promover a concorrência.
Afinal, o Google Chrome tem uma fatia de 67% do mercado global dos motores de busca. O Android, 71% do mercado de sistemas operativos, e sendo open-source, não exige aos fabricantes de smartphones que paguem pelo software.
"O comportamento ilegal da Google retirou aos rivais não só canais de distribuição cruciais, mas também parceiros de distribuição que noutra realidade, podiam permitir a entrada dos concorrentes nestes mercados de formas novas e inovadoras", lê-se na queixa do Departamento de Justiça.
A Alphabet já reagiu às propostas do governo norte-americano. "A proposta loucamente exagerada do Departamento de Justiça vai além da decisão do tribunal", defendeu Kent Walker, presidente dos assuntos globais da Google, num blogue. "Iria estragar uma gama de produtos Google – até além da pesquisa – que as pessoas adoram e consideram útil nas suas vidas."
Segundo os media, esperando-se a decisão só em 2025, a administração Trump ainda pode indicar ao Departamento de Justiça que mude o curso do caso. A Amazon, a Meta e a Apple também estão a seguir atentamente o caso.
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