"É um ministro das Finanças que não cortou salários nem pensões e conseguiu mostrar que era possível uma alternativa política", definiu o porta-voz socialista.
O porta-voz do PS classificou hoje a eleição do ministro das Finanças português para a presidência do Eurogrupo como uma "boa notícia para Portugal" e "excelente para a Europa".
"É uma boa notícia para Portugal e uma excelente notícia para a Europa porque Mário Centeno é um ministro das Finanças que não cortou salários nem pensões e conseguiu mostrar que era possível uma alternativa política, cumprindo as metas orçamentais", disse João Galamba em declarações nos passos perdidos do parlamento.
Para o deputado socialista, "não é o Eurogrupo que vem para Portugal, é Portugal que vai para o Eurogrupo, com as políticas seguidas por Mário Centeno nos últimos dois anos".
Galamba tinha sido questionado sobre eventuais dificuldades vindas de Bruxelas para com os partidos com os quais o PS tem acordos como o BE, PCP ou "Os Verdes" e que têm vindo a defender a ruptura com as regras comunitárias.
"É Portugal que vai para o Eurogrupo com as políticas do Governo português que, no início, diriam que era inviável, com políticas insustentáveis, que iriam destruir as finanças públicas, a confiança na economia e o mercado de trabalho", vincou.
O dirigente do PS destacou que Centeno dedicou "não só a sua vida académica, mas também os últimos tempos, enquanto ministro, a identificar um dos principais problemas na actual moeda única".
"Uma das disfuncionalidades da moeda única é não ser uma zona de convergência, mas uma zona de divergência. Já não estamos na fase em que a única política possível na União Europeia é a austeridade. Estamos na fase em que um ministro deste Governo, com estas políticas que os portugueses conhecem bem e das quais gostam tanto, que foi eleito presidente do Eurogrupo", afirmou.
Galamba salientou ainda "a visão oposta" de Centeno à "muito regional e concentrada nos interesses do centro e norte da Europa" do holandês e ainda líder do Eurogrupo Jeroen Dijsselbloem. Centeno "não pode tudo, mas pode bastante", nomeadamente "a agenda e as prioridades", com "grande poder sobre o que será decidido, o modo e o 'timing' (altura em que será decidido)".
O ministro das Finanças português, Mário Centeno, foi hoje eleito presidente do Eurogrupo, organismo informal que junta responsáveis das tutelas dos 19 estados-membros, ao impor-se na segunda volta da votação realizada em Bruxelas, anunciou o Conselho da União Europeia.
Centeno foi o mais votado na primeira volta (oito votos), após a qual saíram da "corrida" a letã Dana Reizniece-Ozola e o eslovaco Peter Kazimir, tendo o ministro português derrotado o candidato luxemburguês Pierre Gramegna na segunda volta da eleição.
Centeno torna-se assim o terceiro presidente da história do fórum de ministros das Finanças da zona euro, depois do luxemburguês Jean-Claude Juncker e do holandês Jeroen Dijsselbloem, assumindo funções em Janeiro próximo.
Mário Centeno, economista de 50 anos e quadro do Banco de Portugal, começará em meados de Janeiro um mandato de dois anos e meio, até meados de 2020.
PS: Centeno é "boa notícia para Portugal" e "excelente para a Europa"
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