O primeiro-ministro apresentou esta quinta-feira as medidas aprovadas para fazer face às tarifas dos EUA, que entretanto foram adiadas 90 dias.
O Governo português saudou esta quinta-feira apausa de 90 diasanunciada pelos EUA. "Portugal saúda a pausa, que mostra bem que este não é um tempo para declarações precipitadas", reconheceu Luís Montenegro na conferência de imprensa do Conselho de Ministros.
MIGUEL A. LOPES / LUSA
O primeiro-ministro começou por descrever o aumento das tarifas anunciadas por Donald Trump como uma "ameaça" ao "crescimento económico mundial" e considerou que estas "podem conduzir a um conflito comercial que não beneficia ninguém". Sublinhou, assim, a intenção em "investir o mais possível em produtos desenvolvidos em Portugal" e anunciou a aprovação de um pacote de 10 mil milhões de euros para as empresas (cujas medidas podem ser consultadas no documento no final do texto).
"No seguimento de diversos contactos com dezenas de associações empresariais e económicas preparámos um conjunto de medidas que tem um valor superior a 10 mil milhões de euros."
Segundo Montenegro, este pacote faz parte de um conjunto de respostas que o País terá de dar a este desafio comercial. "O primeiro é o plano externo, em que nos coordenamos a nível europeu. A nível interno, iremos retomar as medidas nacionais para apoiar os setores que são mais afetados."
O primeiro-ministro disse ainda que continuará "a trabalhar com a Comissão Europeia e a acompanhar as negociações" e avançou que Portugal tem mantido uma "coordenação diária com a Comissão Europeia". "Eu próprio tenho tido contactos telefónicos frequentes com a presidente da Comissão Europeia", afirmou Luís Montenegro.
Já para a União Europeia, uma das prioridades é a continuação das "negociações com os EUA", assim como a "diversificação dos mercados, reforçando parcerias com outros países e blocos comerciais como a Índia".
Segundo Montenegro, "Portugal é uma economia aberta cujo crescimento assenta nas exportações para mercados cada vez mais diversificados" e nesta lista, "os EUA são o quatro maior destino das nossas exportações". Daí que, com as tarifas "as exportações podem ser atingidas de forma direta e a nossa economia em geral pode ser afetada de forma indireta".
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