A união das duas marcas criará um grupo italiano de artigos de luxo com vendas superiores a 6 mil milhões de euros.
O Grupo Prada anunciou na quinta-feira um acordo para comprar a marca italiana Versace ao grupo de luxo norte-americano Capri Holdings por 1,25 mil milhões de euros.
A Prada afirmou que a adição da "estética altamente reconhecida da Versace constitui uma adição fortemente complementar" ao seu portefólio, que inclui as marcas de moda Prada e Miu Miu. A Prada afirmou que a Versace, sediada em Milão, oferece "um potencial de crescimento significativo e inexplorado".
A união das duas marcas criará um grupo italiano de artigos de luxo com vendas superiores a 6 mil milhões de euros, que estará em melhores condições para competir com gigantes do setor como a LVMH e a Kering.
O valor final do negócio será ajustado aquando da sua conclusão, prevista para o segundo semestre do ano, segundo a agência de notícias Associated Press.
A compra será financiado por 1,5 mil milhões de euros em novas dívidas e foi aprovado pelos conselhos de administração da Prada e da Capri Holdings.
A Versace manterá o seu "ADN criativo e a sua autenticidade cultural, ao mesmo tempo que beneficiará de toda a força da considerável plataforma consolidada do Grupo, incluindo as capacidades industriais, a execução da venda a retalho e a experiência operacional", afirmou a Prada num comunicado.
A Versace, fundada em 1978 pelo falecido Gianni Versace, é detida desde 2018 pela Capri Holdings, que inclui a Michael Kors e a Jimmy Choo.
A Capri Holdings, que comprou a Versace por 1,83 mil milhões de euros, teve de aceitar um desconto significativo num contexto económico marcado pela crise no mercado de bens de luxo e pela guerra comercial.
"Estamos convencidos de que o grupo Prada é a empresa ideal para guiar a Versace para a sua próxima era de crescimento e sucesso", disse o CEO da Capri Holdings, John Idol.
Miuccia Prada, diretora criativa da Prada, reconheceu o interesse do grupo na Versace à margem da Semana da Moda de Milão, em fevereiro.
Num prenúncio da aquisição da marca pela sua rival milanesa, a Versace recrutou Dario Vitale como o seu novo diretor criativo em março, vindo da marca Miu Miu, que pertence à Prada.
Dario Vitale substituiu Donatella Versace, que foi catapultada para a cadeira de diretora criativa em 1997, depois de o seu irmão Gianni, o fundador da marca, ter sido assassinado, antes de se demitir a 01 de abril deste ano.
Promovido a diretor de ‘design’ da Miu Miu em 2023, Dario Vitale liderou a marca a ter uma grande receita de vendas no ano passado, que foi fundada em 1993 pela designer Miuccia Prada, neta do fundador do grupo.
A Versace contratou Vitale num momento em que as suas vendas deverão cair para 810 milhões de dólares no seu exercício de 2025, em comparação com 1,03 mil milhões de dólares no ano anterior.
"Não precisamos de revolucionar a Versace", garantiu o diretor de marketing Lorenzo Bertelli, filho de Miuccia Prada e Patrizio Bertelli, numa conferência com analistas.
"Precisamos simplesmente de fazer evoluir" a marca e esperar por "uma grande faísca que faça com que a Versace volte a ter um grande sucesso", explicou.
Lorenzo Bertelli, que acabará por assumir a direção do grupo, deixou claro que a sua mãe, Miuccia Prada, não tencionava envolver-se na direção criativa da marca.
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