Na sua opinião, também "a União Europeia agiu tarde, porque está marcada pelo 'lobby' de socialistas e de social-democratas que não têm ação, que não têm espírito de ação".
O líder do Chega considerou esta quinta-feira, 10, que as medidas anunciadas pelo Governo para responder às tarifas aduaneiras impostas pelos Estados Unidos da América chegaram "tarde demais" e afirmou que a União Europeia deve defender os seus produtos.
Rui Minderico/ LUSA_EPA
"Era evidente a qualquer pessoa do mundo que tivesse um bocadinho de cabeça que se a China, a Índia, os Estados Unidos, o Brasil, a América do Sul, impõem taxas sobre os nossos produtos, só havia uma solução, era proteger a nossa indústria e os nossos produtos. Agimos tarde demais, provavelmente vamos pagar um preço por isso", afirmou, considerando que as medidas do Governo foram "decididas avulso" e não chegam.
André Ventura falava aos jornalistas antes de percorrer algumas ruas do centro da cidade do Barreiro, já em clima de pré-campanha eleitoral para as legislativas de 18 de maio.
O presidente do Chega acusou o Governo de agir "sempre tarde" e disse que desta vez também não o espanta.
O cabeça de lista por Lisboa disse também que os dirigentes europeus estão "quase de joelhos" a congratular-se por o Presidente dos EUA, Donald Trump, ter anunciado a suspensão por 90 dias da aplicação das novas taxas aduaneiras a mais de 75 países, enquanto decorrem negociações comerciais, nomeadamente à União Europeia.
"Este é o bloco mais rico do mundo, este é o segundo maior bloco populacional do mundo, este é o maior bloco empresarial do mundo, é onde o maior PIB do mundo existe, nós não estamos de joelhos perante ninguém, só estamos porque temos este tipo de governos fantoches em toda a União Europeia, e Luís Montenegro não é diferente desses governos", criticou.
Na sua opinião, também "a União Europeia agiu tarde, porque está marcada pelo 'lobby' de socialistas e de social-democratas que não têm ação, que não têm espírito de ação".
"Há muito tempo que o Governo português, e não agora que o mundo está a ficar diferente, [...] devia ter defendido a agricultura portuguesa, a indústria portuguesa, a indústria de defesa portuguesa [...] e os produtos nacionais", defendeu.
Ventura considerou que "isto não tem a ver com o Donald Trump, nem com o Xi Jinping [Presidente chinês], isto tem a ver com uma coisa que a Europa devia ter feito há muito tempo", proteger a indústria e os trabalhadores.
O presidente do Chega disse que não concorda com a imposição de tarifas por parte dos Estados Unidos e defendeu que a Europa deve impor "aos outros as mesmas condições que exige aos seus para comerciarem no espaço europeu".
"Se for preciso impor taxas e tarifas para isso, nós também o faremos", afirmou.
O Governo preparou um conjunto de medidas "com um volume superior a dez mil milhões de euros" para responder às tarifas aduaneiras aplicadas pelos Estados Unidos, anunciou hoje o primeiro-ministro no final da reunião do Conselho de Ministros.
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