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Rosário Palma Ramalho confirma que os dados apontam para que as pensões de até cerca de mil euros tenham uma atualização de 0,5 pontos acima da inflação. Estimativa do Negócios aponta para 2,8%. Ministra admite bónus que o ministro das Finanças considera "muito mais difícil" e critica proposta do PS para aumentos permanentes.
A atualização regular das pensões vai garantir às pensões até cerca de mil euros (1045 euros) um aumento de poder de compra face à inflação registada "para 90% dos pensionistas", disse esta sexta-feira a ministra da Segurança Social.
Governo prevê recuperação do poder de compra para pensões até mil euros
"O que estimamos neste momento é que as pensões mais baixas, até 2 IAS, terão uma atualização em 2026 superior em 0,5 pontos percentuais ao
valor da inflação de 2025 o que significa alguma recuperação do poder de compra
para 90% dos pensionistas”, disse a ministra do Trabalho, Rosário Palma Ramalho.
A governante reconheceu que os dados finais, que dependem de valores do crescimento económico e da inflação, só ficarão disponíveis entre novembro e dezembro.
Os cálculos do Negócios com base na informação disponível, publicados há duas semanas, apontam para atualizações de 2,8% no caso das pensões até 2 IAS, de 2,28% no caso do segundo escalão (entre 1.045 e 3.135 euros) e de 2,03% no caso do terceiro escalão.
Contudo, com estes níveis de crescimento apenas o primeiro escalão tem ganhos de poder de compra. As pensões entre 1.045 euros e 3.135 euros terão uma atualização ao nível da inflação registada. A governante reconheceu que tal não acontece para pensões acima de 6 IAS, ou seja, de 3.135 euros.
Depois de o ministro das Finanças ter considerado que é “muito
mais difícil” garantir o bónus das pensões no próximo ano, a ministra do
Trabalho diz apenas que o suplemento depende da existência de “excedente
orçamental”.
A proposta de orçamento do Estado que o Governo apresentou,
e que está a ser discutida no parlamento, apresenta um excedente de 0,1% do PIB,
ou seja, cerca de 260 milhões de euros. Esse suplemento não permanente das pensões
custa 400 milhões.
“A nossa política deste governo que mantém o que vem do
governo anterior é proceder a atualização de pensões com a fórmula legal e
apenas se houver excedente orçamental que se
eventualmente fazer um novo suplemento extraordinário”, disse a ministra.
Esta quinta-feira, em entrevista à Rádio Renascença, o
ministro das Finanças disse que o bónus de 100 a 200 euros que tem sido pago
aos pensionistas no outono é “muito mais difícil” de garantir em 2026.
“Repare, é muito mais difícil em 2026 porque de facto, por
estes fatores que eu referi, nomeadamente nos empréstimos PRR, nós mantemos o
ponto que dissemos em 2024 e 2025, dependerá da execução orçamental”, disse
Miranda Sarmento.
“Mas é bastante mais difícil fazê-lo em 2026 do que foi
fazê-lo em 2024 ou 2025 porque estes empréstimos PRR, uma decisão do anterior
Governo de maioria absoluta do Dr. António Costa, pesam muito nas contas
públicas no próximo ano”, acrescentou.
O suplemento que o Governo decidiu pagar tanto no ano
passado como este ano não é permanente, razão pela qual pode não ter
continuidade no ano seguinte.
Já o PS tem, como é público, defendido uma proposta de
alteração ao orçamento que canalize para aumentos adicionais permanentes a
eventual folga do saldo da segurança social. A proposta seria financiada pela
receita de impostos mas, como depende do saldo que conta para Bruxelas, não
poderá ser aplicada antes do final de 2026.
Na audição desta tarde a ministra com a pasta da Segurança Social defendeu que um aumento permanente tornaria "mais exigente" a gestão da Segurança Social.
José Luís Carneiro justificou a proposta com o facto de o saldo da segurança social estar, até agosto, cerca de mil milhões de euros acima do que prevê o orçamento.
“O saldo da Segurança Social em agosto, em contabilidade
pública, aumentou mil milhões mas cerca de 600 milhões resultam da transferência
da administração central para o pagamento do suplemento extraordinário de
pensões que correu em setembro para reforço do complemento solidário para
idosos (CSI) e outras despesas”, disse ao deputado o ministro de Estado e das
Finanças
“Portanto na realidade o saldo da Segurança Social está a
aumentar cerca de 400 milhões e não os mil milhões que o senhor deputado José
Luís Carneiro referia há poucos dias e que lhe permitiria fazer um aumento
estrutural da despesa”, concluiu Joaquim Miranda Sarmento.
O PS tem dito que a proposta de alteração que propõe à lei
do orçamento do Estado depende do excedente verificado em contas nacionais, a
ótica que conta para Bruxelas, que não será divulgado antes do final de março.
O Ministro das Finanças não deu relevância ao facto de o
líder do PS ter dito que o eventual aumento adicional será financiado “com
recurso às transferências do Orçamento do Estado para não colocar em causa a
sustentabilidade do regime previdencial”. Ou seja, financiado por receitas de
impostos.
Notícia atualizada pelas 17:44 com mais informação
Pensões até cerca de mil euros vão recuperar poder de compra, diz Governo
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